NOSSO ÓDIO DE CADA DIA
Por que está tão difícil se ter um debate civilizado no Brasil? Perdemos a capacidade de dialogar com o outro quando não aceitamos ser contrariados em nossas ideias e opiniões. Mas nem sempre foi assim. Houve uma época que as pessoas eram mais amistosas e toleravam ser contrariadas. Hoje, há uma aversão a quem pensa diferente, como se esse fosse inimigo e devesse ser eliminado. E não se engane, tudo gira em torno de paixões políticas alienantes e de caráter truculento.
As redes sociais são palcos perfeitos para o escoamento desse ódio. É comum vermos por lá discussões fúteis com repertórios de baixo calão altamente nocivos. A empatia está em falta e o modus operante é enxergar o outro como adversário e imputar a ele uma onda implacável de ira e rancor. O sentido nisso é secundário, afinal as proposições defendidas não precisam, de fato, serem munidas de alguma lógica; o importante é agressão contida nas palavras de forma a ficar claro o quão perigoso pode ser o exercício da discordância.
Contudo, é honesto ponderar sobre a violência como traço dominante na sociedade brasileira. Jamais fomos um povo pacífico. Vivemos nossa guerra civil há anos, com milhares de assassinatos sem soluções e com a barbárie da escravidão entranhando nas nossas raízes. Isso por si só já prova sobre a falácia do pacifismo Tupiniquim. Somos violentos por natureza e conservamos a hipocrisia para mascarar esse traço. A luz do dia, em muitos casos, até conseguimos nos segurar, mas na frente da tela do celular nos soltamos e agimos como nesfastos virtuais.
O saldo disso tudo é vivermos numa sociedade doente e alienada. Há algo de muito errado quando percebemos que brigamos por políticos e não usamos a mesma energia para cobrá-los nas suas atuações. Passou da hora de reconhecermos que esses sujeitos são os nossos empregados e tratá-los com bajulação nos coloca num papel ridículo de subserviência. Compreender isso nos fará menos suscetíveis às opiniões alheias e, por consequência, mais amistosos; a fim de frear essa onda de intolerância tão vigente nos dias atuais. Em um país sequestrado pelo ódio, tomemos cuidado para não sermos aquilo que rejeitamos. Talvez seja essa a principal lição para aprendermos e assim vivermos de forma sadia.
Por que está tão difícil se ter um debate civilizado no Brasil? Perdemos a capacidade de dialogar com o outro quando não aceitamos ser contrariados em nossas ideias e opiniões. Mas nem sempre foi assim. Houve uma época que as pessoas eram mais amistosas e toleravam ser contrariadas. Hoje, há uma aversão a quem pensa diferente, como se esse fosse inimigo e devesse ser eliminado. E não se engane, tudo gira em torno de paixões políticas alienantes e de caráter truculento.
As redes sociais são palcos perfeitos para o escoamento desse ódio. É comum vermos por lá discussões fúteis com repertórios de baixo calão altamente nocivos. A empatia está em falta e o modus operante é enxergar o outro como adversário e imputar a ele uma onda implacável de ira e rancor. O sentido nisso é secundário, afinal as proposições defendidas não precisam, de fato, serem munidas de alguma lógica; o importante é agressão contida nas palavras de forma a ficar claro o quão perigoso pode ser o exercício da discordância.
Contudo, é honesto ponderar sobre a violência como traço dominante na sociedade brasileira. Jamais fomos um povo pacífico. Vivemos nossa guerra civil há anos, com milhares de assassinatos sem soluções e com a barbárie da escravidão entranhando nas nossas raízes. Isso por si só já prova sobre a falácia do pacifismo Tupiniquim. Somos violentos por natureza e conservamos a hipocrisia para mascarar esse traço. A luz do dia, em muitos casos, até conseguimos nos segurar, mas na frente da tela do celular nos soltamos e agimos como nesfastos virtuais.
O saldo disso tudo é vivermos numa sociedade doente e alienada. Há algo de muito errado quando percebemos que brigamos por políticos e não usamos a mesma energia para cobrá-los nas suas atuações. Passou da hora de reconhecermos que esses sujeitos são os nossos empregados e tratá-los com bajulação nos coloca num papel ridículo de subserviência. Compreender isso nos fará menos suscetíveis às opiniões alheias e, por consequência, mais amistosos; a fim de frear essa onda de intolerância tão vigente nos dias atuais. Em um país sequestrado pelo ódio, tomemos cuidado para não sermos aquilo que rejeitamos. Talvez seja essa a principal lição para aprendermos e assim vivermos de forma sadia.