Ela e sempre anela e simples ela
Serenidade era seu substantivo perene. Ela tinha trinta e três anos quando teve seu primeiro filho o bom Jonas e depois doce Eudora. E se chamava e ela de Ternura uma linda mulher. E comprara um carrinho e custo médio e dera entrada numa casa própria para ela e os dois filhos. Separara-se do marido aos trinta e nove e se chamava Dérmico. E hoje os dois filhos estão ele com dezenove e ela vinte. Com sessenta anos ela ainda trabalhava e era vendedora de cachorro e quentes e de sucos e de refrigerante. E também vendia bombons de brigadeiro e cobrava cinco reais pelo lanche, dois reais pelo refrigerante e três pelos bombons. E na faculdade dela fazia contabilidade e economia sendo bolsista. E formaram-se com quarenta e um anos as duas faculdades. De cada dia estudando os filhos a acompanhavam na venda dos cachorros quentes. E tivera três barraquinhas disto e foram felizes. Ternura casou-se novamente. O atual marido se chamava de Elido e foram contentes e benquistos em Deus. E ele tinha um comércio de pipocas doces e salgadas, e se apaixonaram à primeira vista. Ela e sempre anela e simples ela. Com oitenta anos fizeram a mais uma linda boda e estavam casados há mais de trinta anos unidos e juntos. E Elido era motociclista nas horas vagas. E um dia de domingo ele estava de folga e andava com a moto sempre devagar. Até que um caminhão o atropelou em alta velocidade parecendo estar a uns noventa quilômetros em plena rua e fora hospitalizado, o caminhoneiro fugiu e não prestou socorro nenhum. Elido sobreviveu, mas teve um braço quebrado, uma perna fraturada e teve traumatismo craniano ficando um mês em coma induzido. Ternura viveu a partir daí muitos momentos tristes. Elido voltou para a casa acamado. Ela prometeu a Santa Rita que se ele se curasse completamente daria trinta por cento do seu salário e foi atendida. Hoje ele está completamente curado e vive de casa para o trabalho. E vendera a moto e não queria saber mais dela. E com harmonia de um coração Ternura era candura de uma boa mulher. Elido viveu mais anos ainda e fora feliz ao lado da linda esposa e dos filhos. E Ternura falava que Elido precisava se distrair na falta da moto. E como diversão ele jogava jogos virtuais onde tinha motos e carros a se correr e às vezes jogava aventura e ficção por também. E brincava com os filhos enquanto podia e era agora uma família feliz. De cada vontade de se sentir simples e humilde eram os quatro. Não contamos o primeiro marido, pois não fora nada importante. Jonas e Eudora eram apaixonados pelos dois pais agora. E Jonas fizera economia e contabilidade e Eudora fora contadora e administradora. E os quatro passeavam pelo Guarujá nas férias de Ternura e Elido e compravam lembrancinhas para os irmãos e irmãs de Ternura que eram fieis a ela. E gozava de uma longa vida eles todos. Os avós e avôs de Jonas e Eudora tiveram uma velhice ditosa e harmônica. E se chamavam Eito e Evita os avós. Vivem hoje dias felizes mesmo depois do acidente.