Crônica de confinamento

“Será que ele já chegou”? - Me perguntei.

Era uma tarde de sexta – feira, uma grande pandemia estava assolando o mundo, e o Brasil, há o Brasil estava se recuperando desde os princípios de suas muitas crises.

Eu estava conversando com ele desde mês passado, onde por acaso, ou obra do destino deste mundo moderno e tecnológico o conheci num aplicativo para conhecer pessoas, e foi ali naquele fundo de poço que o encontrei.

Muitas conversas e papos, descobrimos muito sobre um ao outro e de a pouco a pouco, devagarinho ele foi entrando no meu coração, eu tive medo!

Medo de me apaixonar, e depois ter q deixa-lo; medo que aquilo fosse algo difícil para mim, pois enfrentava a auto sabotagem, que por sinal é o pior inimigo do homem e seu sucesso!

Tudo isso ele me ensinou em apenas um dia de encontro, na sexta, justamente num lugar onde nunca pensei em sair com alguém: “Você é meu infinito”

Quando li aquilo eu logo quis abraça-lo, mas me recordei que ele era especial, me contive coloquei meu braço sobre seu ombro e ali conversamos: “e então? O que você achou de mim”?

Ele tinha me dito em mensagens que ele não era bonito, era só ângulo da fotografia e alguns efeitos de beleza, mas eu arrisquei, apostei a minha paixão que ele era bonito sim para mim (apesar de não levar isso em conta, mas ele tinha esse receio, porque afinal de contas eu me atraio, sim, por rostinhos bonitinhos, mas isso não é tudo),e adivinhem? Sim! Estou apaixonado!

Decidimos nos encontrar quando tudo estivesse bem, o vírus finalmente se acalmou na nossa cidade e podemos nos dar a esse luxo, e quando ele chegou de máscara e eu também, meu coração acelerou, fui até ele, abracei-o bem devagar e começamos a andar, conversar, e aí ele tirou a máscara, e foi quando eu vi o sorriso, ah aquele sorriso, parecia o céu para um pássaro que quer voar, o tracejado do meu infinito!

Gabriel Sanches
Enviado por Gabriel Sanches em 26/09/2020
Código do texto: T7072592
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