Índice positivo do governo Bolsonaro sinaliza duas coisas: Ou ele é muito bom, ou somos muito maus!
Como um governo incompetente, de baixíssimo nível administrativo, inculto, atolado em suspeitas de improbidade, peculato, crimes de responsabilidade, que mentiu descaradamente no discurso de abertura da 75ª assembleia geral da ONU, pode ter seu índice de aprovação crescer 11% em nove meses?
A avaliação positiva do governo Bolsonaro saiu dos 29% de dezembro, para 40% de setembro, segundo pesquisa do CNI/IBOPE. Quem considera o governo ruim ou péssimo caiu de 38% em dezembro para 29% em setembro. O índice de confiança subiu de 41% para 46%.
Qual a garantia que Bolsonaro passou para essas pessoas que as fazem confiar em seu governo?
Para resolver essa questão será necessário o afastamento dos dias atuais para que os objetos de estudo da sociologia, como leis e costumes da sociedade, possam ser organizados em ações individuais e coletivas.
De imediato e de maneira simplista, ou Bolsonaro é uma pessoa muito boa que chega como um zéfiro atingindo a aura sensível das pessoas, ou somos muito maus, ao ponto de não perceber seus movimentos humanitários e democráticos.
Fora do espectro dualista do bom e do mau, outra análise sugere que, considerando o nível cognitivo e intelectual de seus apoiadores, alguns com histórico de violência e ódio contra minorias e desprezo pela cultura, é mais provável que seu crescimento esteja ligado ao fato dele despertar os sentimentos mais primitivos do homem.
Ricardo Mezavila.