Sobre eliminações
No filme Comanche (1956) toca diversas vezes, tantas que até cansa, a música “Man is as good is as his word”; bela música, porém, salvo engano, tem tudo a ver com “Asa Branca” (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira), música de 1947. Nota: não posso afirmar categoricamente que é plágio, além de não ter conhecimento técnico para tal, pode ser que houve autorização dos autores de “Asa Branca”, sei lá. Ainda sobre essas “parecências” musicais, ouvi dia desses uma linda entrevista do Tenor Fernando Portari (entrevista concedida a Teca Lima, no Programa Estação Cultura – rádio Cultura FM de São Paulo) onde ele diz de uma maneira bem legal que “quando apresento Mozart, Verdi, Vivaldi e por aí vai, neste instante, não sou apenas um porta-voz desses compositores geniais, ali no palco sou parceiro deles, estamos juntos!” É isso, sintético e verdadeiro.
A vida real passa por isso, quem escreve cita diversos outros autores, faz até releituras de trechos marcantes e é mais ou menos como a seleção natural que não escolhe o mais forte, escolhe o menos adaptado e, esse sim, deve ser eliminado (na releitura, elimina-se o que excede, mas citar o autor é fundamental), falando em eliminações não posso deixar de abordar Chesterton que colocou esta frase admirável na boca do Padre Brown - “se um dia eu pensasse em matar alguém certamente escolheria um otimista”.
Na construção da frase nada a eliminar; quanto aos otimistas, Chesterton estava corretíssimo!