Poder
O poder pode ser bom ou nocivo, a depender de quem o abraça.
O que nos empodera para o arbítrio próprio, sem afetações, nos assegura uma vida plena diante de uma sociedade igualitária, é o poder social.
As melhores formas de poder são a liberdade, o humanismo, a igualdade e o respeito às diferenças.
Mas o poder que nos hierarquiza vem envolto em casca grossa de soberba e vaidade.
O poder mais nocivo é aquele que enlaça o ego, que subjuga iguais numa perspectiva equivocada de superioridade, como se vê no poder político e/ou no poder econômico. Ao se render às sedutoras impressões do poder, o homem sucumbe ao vício, às corrupções materiais e morais e às mais rasteiras ações egóicas para benefício próprio.
Olvida da efemeridade do tempo e da matéria, aquiescendo de favores frívolos para um prazer finito e instável que nunca se satisfaz.
Com a insatisfação constante rasga o conceito de moralidade embrenhando no caminho obscuro da corrupção e de outros delitos de contumaz gravidade.
No transcurso natural da vida talvez não perceba o quão danoso é para si mesmo o homem inebriado pelo poder, mas chegará o tempo em que toda ação, boa ou má, será convidada à luz do julgamento moral, onde dívidas serão cobradas em justa medida e ato algum prevalecerá impune.