Babá de passarinho.
Após quatro dias de chuva, o sol resolveu reaparecer. Acordei disposta e motivada.
Após o desjejum, coloquei roupas na máquina de lavar e fui varrer e passar pano na garagem.
Pra minha surpresa lá estava um serzinho precisando de ajuda: - pequeno e pelado pássaro caído do ninho, todo assustado, a julgar por sua respiração acelerada.
Eu que nunca havia socorrido um, chamei a vizinha que possui animais e sabe bem como cuidá-los, mas ela respondeu que não desejava nem ver porque morria de dó, mas sua irmã me incentivou a tentar alimentá-lo e mantê-lo quentinho numa caixa.
Uma amiga que apareceu aqui de visita reafirmou que eu colocasse algo de lã na caixinha, mas ela também não quis ver o bichinho. Ok doei uma das minhas meias de lã.
Pelo sim, pelo não, usei Florais de Bach pra manter o bichinho animado – Olive é pra isso: forças pra continuar!
Foi-me recomendado amanhã acordar bem cedinho pra alimentar o filhote.
Assim farei mesmo não sendo o meu forte acordar cedo em dias frios...
Antes de subir pro meu quarto fui ver se o bicho estava vivo, pra não correr o risco de acordar cedo sem motivo.
E ele está. Portanto, amanhã às seis horas da madrugada, irei fazer às vezes de mãe de passarinho.
E eu que pensei que a pandemia havia me roubado a alegria de ser voluntária - no hospital.