Rio de Janeiro, o Reverso do Exemplo.
É comum ao menos experiente querer copiar o exemplo exitoso do mais experiente. Aqui em Alagoas, há alguns anos, houve uma operação denominada de "Gabirus". Tratava-se de um conluio de prefeitos que se uniram com o propósito de fraudar a merenda escolar. E o capitão-mor era exatamente um prefeito que já havia ocupado vários mandatos, aparentando ser experiente na arte da comandar os iniciantes. Por isso, um "marinheiro de primeira viagem", ainda com cinco ou seis meses de mandato, em quem seu eleitor não esperava ser contaminado com a corrupção, também embarcou na canoa furada. Então, se deduz o seguinte: "se aquele fulanão, com toda experiência, já vem fazendo isso e nunca houve problema, certamente não dará comigo". E assim adere à falcatrua, achando que vai escapar ileso. Mas, como é sabido e notório, um dia a casa cai. Já vem de longe o alerta: "não há crime perfeito".
Então, por que, no Rio de Janeiro, ainda teimam em querer copiar o exemplo do antecessor?
Ora, se o exemplo é negativo, dever-se-ia fugir dele. Cada um que é eleito, é exatamente porque o povo acreditou que faria diferente. Pregar uma coisa e fazer outra gera frustração e decepção em quem lhe outorgou confiança.
Não se pode conceber tanto exemplo reverso como vem ocorrendo no Rio de Janeiro. Que Deus ilumine os nossos irmãos fluminenses, para que o próximo mandatário corresponda à expectativa desse povo amável do Estado em que tem a sua "Cidade Maravilhosa".