FESTA DO CORAÇÃO. TURMA 1968, DIREITO, UFF.

Lembranças maneiras, conversas fagueiras, entre uma digitação e outra festa do coração,

Risos, lágrimas sinceras visitam a comemoração,

Um encontro que nunca foi desencontro, permanente realização,

Recôndito ou não, certezas sem fragmentação,

Na nudez do tempo implacável, a afeição desafiou a aproximação,

Que permanece lisa, distante ou não, sempre existiu, solidez da emoção,

Não se altera, imutável, como o amor incondicional, plenitude, razão,

Bodas do ideal comum que avançou mais de meio século e ainda sonha com o melhor, realização dos sentidos, nenhuma dissenção,

Argamassa social, sem pulverização,

E se expressa assim manifestada, distinguindo, sem alteração,

Mundo de igualdades, neutralizada a restrição,

Preservação dos direitos fundamentais, busca da implementação, ainda que sortilégio, compulsão,

Coesão de pensamento, rasgando os céus do ideal da boa vontade e caridade, perseguidos, mesmo não protagonizados, assim entregues vida afora no acolhimento dos ministérios de exemplos e sedimentações realizados, concretização,

A mesma batalha a que se lança a humanidade dos bons, mesmo emudecida e silente pela oposição do mal, conjuração,

Somos verdade e ênfase, revolução do interior, busca em sofreguidão,

Viver a juventude imorredoura que palpita forte em todos nós, imposição,

A saudade que não fica pela presença que é, nunca assentada a ausência, cimentada no amor, amplidão,

Realidade, sonhar nas asas do tempo revivida, memorialidade alada, imprevisão,

Voo da sinceridade, esperançar sempre, aspiração,

De todos os amores que foram, ficaram ou não, mas teceram a trama da alma, sem externação, arraigados, provisão,

Que se expandam e se alegrem no reencontro, nessa passagem temerosa do incomum, espada de Dâmocles vergada em exposição,

Na sanha da peste que traz furor, mas nada vence na entrega de nostalgia e recuo da alegria e admiração,

Vivamos em festejos lembrados avançando a madrugada, sob risos e emoção.

Vida longa para os acadêmicos de 1968 UFF, Direito.

Respeito e admiração para os que subiram a montanha ao encontro do sol para merecidamente mirarem a face de Jesus.

Os melhores sofrem menos a severa passagem em corpo, e partem antes, como nossa querida Teia, a quem tanto devo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/09/2020
Reeditado em 23/09/2020
Código do texto: T7070503
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