Felicidade possível e ilusória
RECUSO-ME a comentar o discurso tipo fake do presidente tabajara, na ONU. Pinóquio perdeu feio. Além de todas as barbaridades que disse insultou os índios e os caboclos. Sou descendente dos dois, a mim só causou náuseas, asco e revolta. Mas vamos à maltraçada de hoje. A imprensa nacional e principalmente internacional já comentou o discurso fake.
Penso que desde o começo de sua história o homem busca a felicidade. Toda pessoas, creio, deseja ser feliz, luta por esse objetivo natural e normal. Mas as pessoas sempre discordam entre si do que seja realmente a felicidade. É difícil defini-la. Érico Veríssimo tentou: "Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está ´passando inutilmente". Já Mestre Shakespeare preferia dar crédito às ideias: "As ideias das pessoas são pedaços de felicidade". Houve até quem discordasse que dinheiro traz felicidade, caso de Schopenhauer: "O dinheiro é uma felicidade humana abstrata; por isso aquele que não é capazde apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele". Drummond, o nosso grande poeta foi mais simples: "Ser feliz sem motivo é a mais autêntica felicidade". O seu colega e também grande poeta, Vinicius, foi mais pessimista: "A felicidade é como uma gota de orvalho numa pétala de flor, brilha tranquila, depois de leve oscila, e cai como uma lágrima de amor". Dizem que Clarice Lispector não foi feliz, mas adoro uma definição dela porque condiciona a felicidade com o sonho e a coragem de viver: "Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você quiser ir. Seja o que você quiser ser, porque só temos uma chance de fazer aquilo que queremos. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldade para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humanae esperança para fazê-la feliz". Bingo.
No mais, acho que precisamos da felicidade possível, não a ilusória. Vida que segue. Inté.