A vida fica mais bonita quando há leveza na existência

Há uma fase na vida que as coisas começam a ficar estranhas. É como se o céu perdesse, com frequência, o seu tom azulado e ficasse coberto por nuvens carregadas. O inverno parece que dura o ano inteiro. A verdade é que a gente cresce e tudo muda. Da inocência para as preocupações e maldades excessivas. Os seres humanos não são tão dóceis e nem leves como antes. Quase sempre estamos imersos na amargura. De uma hora para a outra, as pessoas se perdem na insensibilidade, porque acreditam que a grosseria é mais atraente. De uma vida de encantos para uma vida monótona, enfadonha e sem graça. Pessoas que vivem em favor das obrigações, indispostas para explorar a vida com deleite. Pessoas que não se permitem sentir a leveza e a magia que há na existência. Pessoas que deixam os dias extremamente pesados. Pessoas que trocam uma conversa saudável por conflitos desgastantes. Pessoas que vivem presas em números e se desligam completamente da essência e do conteúdo. Enxergar com as lentes do coração é extremamente difícil, visto que os olhares de julgamentos são mais fáceis. É nessa fase que somos reconhecidos pelas intensas horas de trabalho. A felicidade ? Pouco importa. É mais bonito e cativante ter uma rotina exaustiva. Lembrar de si? Para quê? Nesse nível, somos opções para nós mesmos. A prioridade é a satisfação do outro. No meio dessa gente estranha, um sorriso custa muito caro. Mal sabem eles que os sorrisos são calmantes para a alma. Meu sonho é que as pessoas compreendam, o quanto antes, que a vida fica mais bonita e significativa quando há leveza na existência. Afinal, existir nunca foi sobre ser pesado. Existir é ser leve em tudo e com todos, sem perder a seriedade nos momentos que exigem bastante cautela.