Aquela moça
Entre lembranças e paixões, desejava afogá-la com minha língua, inundar todo o espaço de sua boca com minha saliva amorosa, dando-lhe um longo beijo gostoso, molhado. Sem nunca deixá-la escapar de minhas mãos firmes, lamberia cada poro de seu pescoço lavado, perfumado e o seu cheiro adocicado eu nunca mais iria esquecer, quando decrépito, rememorasse o que havia realmente valido à pena na vida, analisando em retrospectiva as paixões por mim vivenciadas, algumas delas avassaladoras; um discreto sorriso então, meu rosto esboçaria ao recordar com todos os sentidos o sabor da boca daquela moça.