MIKE POMPEO/ERNESTO ARAÚJO:
"OS IGUAIS FACILMENTE SE JUNTAM"





Mike Pompeo é o secretário de estado norte-americano que, por suas posições imperialistas, tem sido repudiado pela quase totalidade da diplomacia mundial.
Ernesto Araújo, não só por suas posições igualmente imperialistas, vem sendo ridicularizado pela unanimidade da diplomacia internacional por conta de suas atitudes e pronunciamentos esdrúxulos e indígnos de um chanceler (que deveria ser o responsável pela estrutura e coordenação da diplomacia brasileira), tais como:
- a Terra é plana;
- o nazismo foi um regime de esquerda;
- determinou a expulsão do Brasil, em questão de horas, dos embaixadores venezuelanos, nada obstante estarem os dois países vizinhos em isolamento social face ao avanço da pandemia do coronavírus (atitude desumana que exigiu a interferência do STF);
- facilitou a exportação do etanol sujo dos EUA para o Brasil, em detrimento do nosso etanol limpo, que continuará estocado pelo menos até 31/12/2020; medida que está rendendo muitos dividendos na reeleição de Trump;
- além de outras incontáveis sandices que o levarão ao esquecimento.
Aí, é quando a história sente saudade de Joaquim Nabuco. Conhecido como o mais importante nome da diplomacia brasileira, Nabuco deu enlevo ao Brasil em seu livro "A escravidão" e, ainda, como bom tribuno, enalteceu o nosso país nas inúmeras palestras acerca de problemas sociais, filosóficos e religiosos de alcance internacional, principalmente enquanto atuou como nosso primeiro embaixador nos Estados Unidos.  Ainda se destacou como defensor da área brasileira nas delimitações das Guianas Francesa, Inglesa e Holandesa. Por seu nacionalismo e sua capacidade intelectual e moral de tudo resolver apolítica e pacificamente, eternizou-se.  Outros muito bons diplomatas o seguiram, porquanto se destacam na história: Oswaldo Aranha (que participou com distinção da criação do Estado de Israel), Santiago Dantas (defensor intransigente da Autodeterminação dos Povos), Roberto Campos (nosso ministro do planejamento por quase uma década), Rúbens Ricúpero (o verdadeiro pai do Plano Real), Amaral Peixoto (nacionalista e braço direito de Getúlio Vargas na criação da Usina Siderúrgica Nacional), Moreira Sales e outros...
Mas há quem prefira entrar na lista dos repudiados pela história.  Quem nasceu apagado, sem brilho morrerá. 
É o caso do "nosso" ministro brasileiro das relações exteriores - Ernesto Araújo -, que, sexta-feira (18), desceu em Roraima de mãos dadas com o já citado Mike Pompeo. Ambos (de índole imperialista/ditatorial) pensam igual. Subiram ao palanque para discursar para os imigrantes venezuelanos. Pompeo, representando Trump, e com o respaldo em Ernesto Araújo, rompeu as relações diplomáticas existente entre os países do hemisfério e, como se estivesse em seu castelo, afirmou: "(Nós) vamos tirar Maduro de lá"...
Seja lá quem for, presidente, de direita ou de esquerda, ou mesmo ditador de qualquer país latino-americano, nenhum estrangeiro está autorizado a, em nosso solo, provocar ou tecer ameaças contra a soberania de qualquer outro país vizinho. É a diplomacia internacional que assim estipula. É a nossa Constituição. É a moral. É a ética...
No final das contas, tal atitude do secretário norte-americano, infectada pelo neo-Itamaraty brasileiro, já está sendo utilizada como uma demonstração de força do sr. Trump em sua campanha pela reeleição nos Estados Unidos.  E, não sei se por burrice ou subserviência, "nosso" chanceler, orgulhosamente, fica servindo de sela para Trump, ou, como queira, de muito bem pago cabo eleitoral. 
Chanceler?...  Sim, pasmem!... O primeiro chanceler brasileiro que nunca foi embaixador nem qualquer outra coisa na vida que o destaque.
Por ser brasileiro e me considerar apolítico, nacionalista e, agora, não intervencionista, todos esses disparates juntos só fazem aumentar minha saudade de Nabuco!
Quem ler sua biografia também a terá!... 

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Eita!  Eu ia esquecendo.    O cabo eleitoral de que falei acima, tão logo assumiu a chancelaria, disse que "Trump será o salvador do Continente". rsrs
Outra coisa é que o Congresso poderia convocar Ernesto Araújo para explicar as razões da vinda inesperada de Mike Pompeu a Roraima, em pleno período de eleição nos EUA, como que fazendo do Brasil o picadeiro do sr. Trump. 
Ocorre que a comissão de relações exteriores do Senado é presidida pelo filho do "presidente da República".  Aí, tá tudo decidido.  A comissão mudou, o que era convocação para explicar um fato, para um mero bate-papo (e tudo relativo ao ferimento de nossa suberania ficará abafado e arquivado). 
Você entendeu, caro leitor, que a afronta deixa de ser contra nossa soberania para ser diretamente contra todos nós que reagimos?!...
Eta, Brasil pátria a(r)mada!...
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Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 21/09/2020
Reeditado em 24/10/2020
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