21º Distrito
Filme policial, carregado de violência, libera nossos instintos selvagens. Pode parecer um paradoxo, mas quando as cenas vão mostrando a vitória do bem, sobre o mal, nosso íntimo ganha a paz, nos sentimos calmos e vingados.
Nosso subconsciente, destituído de qualquer ferocidade, sem matizes de crueldade, torna-se parasita dos heróis, caçadores de bandidos, e despeja, põe para fora, nossa vontade, nossos ímpetos reprimidos, em resumo, eu me transformo no herói de cada herói que eu assisto.
Para quebrar meu antídoto, minha inofensiva vacina contra a crueldade, assisti a um episódio, que embaralhou a todos os meus conceitos, traumas, e desata nós.
Um agente policial, do 21º Distrito, encontrou uma bolsa abandonada em um parque; levado pela curiosidade, ou cumprindo sus obrigações, como policial, abriu a bolsa e se deparou com uma criança morta.
Chamou por socorro, e pediu uma ambulância, que ao chegar constatou que a criança ainda estava viva, à beira da morte, mas ainda viva.
Todo o desenrolar do filme girou ao redor da salvação da criança,
e ao envolvimento emocional, que tomou conta de todos os policiais daquele distrito.
O bebê acendeu um carinho intenso em todos envolvidos no episódio, foi uma “poligamia platônica”, todos se apaixonaram pela criança. O que se via era cada um com uma arma no coldre, uma ternura latente, e uma esperança no coração.
Todos os insensíveis deveriam pedir transferência para o 21º Distrito, ou viver obedecendo ao roteiro daquele 21º Distrito Policial