Academia Maceioense de Letras e seu Eterno Presidente
Cogita-se submeter ao "Guinness Book" o nome do Sr. Cláudio Antônio Jucá Santos pelo seu longo tempo de permanência à frente da Presidência da Academia Maceioense de Letras: mais de 60 anos. Compara-se com a Rainha da Inglaterra, Elizabeth II, no seu tempo de reinado. Conhecido como "Príncipe dos Poetas" de Maceió, ninguém, jamais, ousou querer substituí-lo na Presidência, mesmo o Estatuto admitindo eleições periódicas. Pelo respeito que lhe têm os confrades, ele é sempre reeleito por aclamação. Por isso é sempre chamado de "Eterno Presidente". Quem o visita e vai até a sua sala de troféus e comendas fica admirado de ver o tamanho do acervo, com premiação de todo o Brasil e até da França. Poderíamos também chamá-lo de "Rei do Soneto", pela maneira de bem versejar nesse estilo. Seus livros se destacam nessa escolha literária. Além do seu cabedal intelectual, como cidadão é um verdadeiro "gentleman". Conversar com ele é sempre muito agradável, pela gentileza com que nos trata na informalidade, sempre com o estilo brincalhão. Baseado numa história que lhe contei sobre o tratamento que recebi numa determinada cidade do interior, ele também assim a mim se dirige: "o senhor é Erineu ou Arineu?"
A partir daí a conversa flui gostosamente, pelo bem que ela desperta, em razão do seu habitual bom humor. E, na condição de Presidente, os confrades são unânimes em afirmar que ele "vive e respira Academia". Por isso, enquanto vida tiver, ele estará no comando da Presidência. Seria até uma injustiça querer tirá-lo de lá, não só pelo seu mérito literário, mas também como cidadão. Não se pode conceber a Academia Maceioense de Letras sem a figura de Jucá Santos na sua Presidência.
Assim, numa de suas Antologias, deixei lá algumas poesias, das quais transcrevo apenas esta estrofe:
Sua vida literária
De tão bela trajetória
Merece nosso registro
Para ficar na memória
Pois sua longevidade
Marcará a sua história