Quando se é adolescente a vida recebe outra definição. É engraçado, mas há uma espécie de euforia da última hora. Os hormônios dão um empurrãozinho e a mente parece panela de pressão, em plena operação, sem água: ou queima ou explode. Irracionalidade dá um pontapé e o equilíbrio cai a quilômetros de distância. Embora essa fase seja complicada, manter a coragem tão peculiar dela, ao longo da vida, seria ótimo.
Quando não se enquadra mais no quesito menoridade, a pressão mental muda de ritmo e a racionalidade amplia seu espaço de usucapião. E, assim, os sonhos passam a sofrer perseguição da realidade e as paixões competem entre si, vencendo a racionalidade (exceções às doenças psico-emocionais). O mas vira moeda de troca e um tempo precioso é perdido “provando o improvável”.
Quem dera o fantasma da adolescência fizesse uma visitinha e dissesse: Vai assim mesmo, sem ter o emprego mais rentável, comemorar 20 anos da turma universitária; sem ter feito as unhas e o cabelo, assistir ao casamento de uma amiga que sonhava em ser noiva; de chinelo e bermuda até a padaria no horário de pico pegar o pão quentinho; atender à porta de pijama: pessoas dormem tal como você e tudo bem; abraça o porteiro, corre com o filho (como uma criança) na calçada; dê risadas escandalosas usando 72 músculos; acaricie o cachorro.
De manhã, a tarde ou a noite, faça uma visita inesperada, passeie na serra, tome um sorvete de pistache. Dançe, viaje, ame. Vai com medo, com receio, com preguiça. Pede carona pra coragem e vai!
Antes que a visita inesperada, da única certeza que temos desde o nascimento, venha montar sua rede e tomar nosso lugar pra sempre como verbo intransitivo.
- Ela morreu!
Ou como transitivo indireto (em que o faz por alguém)...
Mas, pior mesmo, é morrer em vida...
- Ela morreu por dentro! Mas permanece com o corpo físico!
(...) Nesse caso, não há complementos...
Quando não se enquadra mais no quesito menoridade, a pressão mental muda de ritmo e a racionalidade amplia seu espaço de usucapião. E, assim, os sonhos passam a sofrer perseguição da realidade e as paixões competem entre si, vencendo a racionalidade (exceções às doenças psico-emocionais). O mas vira moeda de troca e um tempo precioso é perdido “provando o improvável”.
Quem dera o fantasma da adolescência fizesse uma visitinha e dissesse: Vai assim mesmo, sem ter o emprego mais rentável, comemorar 20 anos da turma universitária; sem ter feito as unhas e o cabelo, assistir ao casamento de uma amiga que sonhava em ser noiva; de chinelo e bermuda até a padaria no horário de pico pegar o pão quentinho; atender à porta de pijama: pessoas dormem tal como você e tudo bem; abraça o porteiro, corre com o filho (como uma criança) na calçada; dê risadas escandalosas usando 72 músculos; acaricie o cachorro.
De manhã, a tarde ou a noite, faça uma visita inesperada, passeie na serra, tome um sorvete de pistache. Dançe, viaje, ame. Vai com medo, com receio, com preguiça. Pede carona pra coragem e vai!
Antes que a visita inesperada, da única certeza que temos desde o nascimento, venha montar sua rede e tomar nosso lugar pra sempre como verbo intransitivo.
- Ela morreu!
Ou como transitivo indireto (em que o faz por alguém)...
Mas, pior mesmo, é morrer em vida...
- Ela morreu por dentro! Mas permanece com o corpo físico!
(...) Nesse caso, não há complementos...