Ela sempre anela e bela e ela
Sete anos estudando na faculdade Juvência estudava na faculdade de teologia e filosofia e não se casara, decidindo ser freira consagrada ao coração de Jesus e Nossa Senhora. E tinha tez morena, um metro e sessenta e cinco de altura, olhos negros, bustos salientes, silhueta feminil, lábios pressurosos, cintura de oitenta centímetros e calçava sapato tamanho trinta e sete e usava óculos para astigmatismo e hipermetropia. Dera uma casa para os pais viverem com seu salário de professora de teologia e filosofia pagas em trinta anos. Ela a Juvência era virginiana, metódica e resiliste. E a casa tinha dois quartos, uma cozinha, um banheiro, uma sala de estar, garagem só para um carro e um pequeno jardim pagos seiscentos mil reais como valor do todo. Juvência começou a escrever e era a alegria dos olhos dos pais o Relente e a Marina. E cada momento que os três viviam era a alegria certeira. E o pai era piscicultor e a mãe professora universitária. E viveu ele até os noventa e dois e ela até os noventa e nove. E Juvência fazia de tudo no convento e era professora, cozinheira, lavadeira e leitora da palavra do evangelho a cada três dias na clausura. Foi autorizado ela dar dinheiro aos pais do seu ofício o resto ficava para o convento. E com trinta anos ficou acamada com pneumonia severa e grave e foi entubada num hospital público e pegou doenças como caxumba e rubéola. E ela deixou vinte livros para serem publicados depois de sua morte. E foi-se embora para o céu numa tarde de agosto de anos atrás. E os pais enterraram a filha querida e amada com rosas, tulipas e cravos suas três plantas prediletas desde quando fora criança. E na adolescência ela chegara a se apaixonar por um rapaz de mesma idade mais ele se mudara para outra cidade e enterrou esse amor. E a prima de Juvência a boa Quitéria era sua melhor amiga e confidente. Ela quase perdeu a virgindade com quinze anos, porém Deus não permitiu. Juvência era da pastoral da saúde e visitava um doentinho de Deus todos os dias de segunda até sábado. E aos domingos no convento levava orações de todos com quais ela falava e rezava com os padres Ermínio e Caribenho pedindo perdão pelas almas no purgatório. Juvência morreu com sessenta anos depois de cada versada estória. Sofria também de diabete e hipertensão mesmo assim sua história não se perdeu. Com sessenta anos deixou um legado e as irmãzinhas da caridade a amavam sempre. A madre superiora a doce Eufêmica e vivera também em santidade como doce Juvência. Somente o único defeito dela era ser apaixonada por doces principalmente brigadeiros e quindins e pudins. E comia maçãs, goiabas, mangas, ameixas saborosas amava todas as frutas. E tomava leite três vezes por dia e almoçava e jantava também sem tomar café da manhã com jejum. E cada hora o que se ora se faz. Ela sempre anela e bela e ela. Com discernir de cada horizonte de cada semblante se perfaz ser. E ela foi quase santa não fosse o temido doce ou vontade no ventre.