A DIFÍCIL ENGENHARIA SOCIAL. NOSSO VOTO. IDEAL.

Coloquei um artigo não tanto acadêmico dias atrás. Ele em seu âmago está visível na concretização atual em desígnios do nosso sistema de organização.O Estado foi criado primitivamente para organizar, e o sucesso tem sido mínimo em visão macro.

O que é nosso pensamento externado politicamente? A vontade da existência de protagonizações mínimas de cidadania encerradas em nosso voto, quando temos quem represente nossas ideias e votamos.

E esse pensamento fica “à margem, violentado”.Tem ficado no decorrer histórico.Esvaído o conteúdo no qual depositamos a nossa fé.É a roupagem de nosso voto que foi rasgada. Esse o alicerce da contestação feuerbachiana.

O alicerce da contestação feuerbachiana no gênero dialético/filosófico se ampara na questão de ficar o pensamento à margem do pensamento,viver a natureza dele distante, nossa essência violentada.

E nossa essência está e estaria na representação realizada minimamente. Nada disso se vê.

Estamos à deriva faz muito tempo dentro “de um abstracionismo sem medidas.”

Isso não é novidade, existe um processo de repetição no qual patinamos sem possibilidade de ter tração nessa estrada lamacenta. Feuerbach via falta de unidade nesse sistema.

A unidade quem faz é o povo, e o povo é fraturado por suas necessidades e ausência de educação, “comprado” com migalhas.

O importante não são ideologias, elas vão ficando nessa estrada lamacenta sem piso e pavimentação seguros. Vão se perdendo por suas próprias origens viciadas e viciando-se.

Não é possível separar o homem político de seus predicados, nem distinguir quando a natureza não distinguiu, cada um é senhor e autor de seus predicamentos, nenhuma ideologia mudará suas potencialidades. A liberdade de agir é o motor.

Quando a unidade voltada para o melhor em nome do coletivo ocorrerá, observada a liberdade de todos e suas potencialidades em qualquer sistema político?

Pensem nisso e vejam o quanto é difícil.

Uma parte do texto escrito dias atrás:

“Seria ficar à mercê de um abstracionismo sem medidas. Foi mais ou menos a caminhada de Hegel.

Feuerbach, via falta de unidade nesse sistema.

Segundo ele Hegel cursou do abstrato ao concreto, do ideal ao real, em caminho inverso.

Feuerbach desponta como a verdadeira proposta de inversão materialista do idealismo hegeliano.É como se a própria natureza fosse uma realidade derivada da ideia abstrata.

O artifício lógico usado por Hegel, para mim ilógico, aparece nesta síntese:

O procedimento da filosofia dialética assemelha-se ao da religião, ambas violentam o ser ao separá-los de seus predicados. A filosofia de Hegel, pelo recurso da abstração, separa o ser de seus predicados. Exonera estes daquele.”

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/09/2020
Reeditado em 16/09/2020
Código do texto: T7064548
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