NADANDO COM A CORENTE-BVIW

Não estou me queixando, queixas e tristezas não pagam dívidas, mas confesso que mesmo sendo que nem vara verde que se verga na tempestade mas não quebra, já estou em oitentena, desde fevereiro.
Paciencia e esperança tem movido mus sentimentos desde então, a espera de um transplante de córnea.
Sou caseira, gosto de estar em casa, entretanto, tenho vontade de sair por aí, sem lenço e sem documento só para sentir a brisa do mar no meu rosto, em um final de tarde sentada em uma pedra, para ver o sol se esconder do dia, quando ele sem nenhum pudor, penetra no mar.
Nadando a favor da corrente, ouso desafiar prognósticos e previsões, decidindo que irei de qualquer caminhar meus pés nus e deixar que eles sejam banhados pelas rendas das ondas que beijam as areias mornas da praia . E nesse momento, darei graças por meu olhar ver a aparente infinitude do mar e este sonhado por de sol, quando ele se despede do dia e se esconde no infinito.