PARA MARY FIORATTI. UNA VERA ITALIANA. CINCINNATI. OHIO.
“Temos que erradicar da alma todo medo e terror do que o futuro possa trazer ao homem. Temos que adquirir serenidade em todos os sentimentos e sensações a respeito do futuro. Temos que olhar para frente com absoluta equanimidade para com tudo que possa vir. E temos que pensar somente que tudo o que vier nos será dado por uma direção mundial plena de sabedoria. Isto é parte do que temos de aprender nesta era: viver em pura confiança, sem qualquer segurança na existência; confiança na ajuda sempre presente do mundo espiritual. Em verdade, nada terá valor se a coragem nos faltar. Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs e todas as noites.”Rudolf Steiner
" Viver em pura confiança, sem qualquer segurança na existência; confiança na ajuda sempre presente do mundo espiritual." Se não confiarmos vamos da aflição à depressão. Tudo que nos foi destinado chegará, e confiemos que a destinação é misericordiosa. Nada podemos alterar do que foi disposto para nós, apenas devemos nos conduzir com correção nos processos existenciais. Nosso soberano tribunal irá depurar na balança da consciência nossos gostos e atos, e sejamos sempre credores de nossa boa vontade nesse sopro que é a vida como definido por Santo Agostinho.
No espírito não mais existe corpo mortal, nem mais domínio da morte, que tanto traz medo das perdas irreparáveis, mas vida perene, eterna, onde flui a energia que forma o universo, DEUS.
Na voragem do tempo se vai o corpo, encanecido e fraturado pelo tempo, senhor de tudo.
Sabe e conhece o homem a trama da vida que não é vida por esperá-la uma mortal extinção. Quem vive um pouco mais e pode olhar para trás conhece o afogadilho da existência.
SÃO PAULO em Romanos, nos deleita com a clareza da compreensão que nos remete ao que seja a verdadeira vida. E o faz com suporte na expressão de Habacuque 2:4, literis: “O justo viverá pela sua fé”.
O verbo está no futuro, viverá, e o fará, se justo foi, em outra vida onde não seja açoitado pelas agruras dos sofrimentos da carne, do corpo, lavado em rios de lágrimas em meio a gotas de felicidade, pois se temos o privilégio da felicidade em corpo, um momento pode devastar todo esse encantamento e tornar a existência um purgatório que nem mesmo Dante descreveu em sua “Commedia” na busca por sua sonhada Beatriz.
Também em romanos sabemos que Cristo, ressuscitado entre os mortos, já não morrerá.
É preciso meditar na vida sobre a vida da falácia que subtrai e esmaga a verdadeira vida, o que se dá principalmente quando se retira a dignidade das pessoas, que têm direito a viver ao menos na fugacidade dessa vida, o respeito pelos predicamentos de ser pessoa.
Os que não respeitam a dignidade do ser humano já estão mortos.