UM DOMINGO PRAZEROSO. SOBREVIVÊNCIA.

Acordo tarde, nunca dormi cedo, uma hora ou mais, agora nessa situação com o fuso horário bastante alterado. Acordei dez da manhã, minha mulher 11. Após café, etc, quintal, molhar plantas, jardim da frente e de trás e os dois bromeliários que eu mesmo cultivo e estou sempre acrescendo e tratando. Não dá trabalho, mas prazer.

Estamos com algumas fruteiras que entronizamos nesse período “maluco” que vivemos; jaboticaba, amoreira, acerola. Todas já adultas plantadas em grandes vasos. Já temos algumas espécies de limão e vários temperos plantados, inclusive pimenteiras que nos abastecem.

Ia tomar banho de piscina, aqui faz muito calor, mas minha mulher frequenta muito pouco esse canto da casa. Então disse a ela: vamos à Jurujuba? Topou. Já tinha feito o texto sobre a pandemia, desesperar jamais.., mais ou menos uma e meia. Tomei banho e saímos.

Orla litorânea até Jurujuba lotada de carros e pessoas. Da minha casa até lá uns 9 Kms. Vindas do Rio e de locais mais longe as pessoas, via-se pelas placas, muitos carros de outras “plagas”.

O pessoal quer se soltar. Aquele “trambulhão” de coisas comuns para os brasileiros, trazidos de casa, caixas de cerveja, etc, uma SOFREGUIDÃO em busca de alegria. Um grito de liberdade em meio a churrascadas etc.

Jurujuba é diferente, um cantinho, uma pequena área de pescadores, região de moradia dos pescadores, fim de linha da orla interna, bucólica, com suas traineiras grandes , médias e pequenas ancoradas. Tem uma prainha de uns 300 metros. É o final da costa interna da cidade acabando na histórica Fortaleza de Santa Cruz, edificada na “boca da barra” da Baia de Guanabara para vigiar no tempo do Brasil Colônia os invasores.

Está arrumadinha Jurujuba, com “calçadão”, calçadinha estreita, uns 2,5 metros, com pedras decorativas novas tipo São Tomé em toda a orla. Bancos novos de madeira etc. Está escovada.

Sentados no banco, em frente a sua prainha, onde as tartarugas sobem para respirarem, é como se estivéssemos no Rio vendo Niterói. Do outro lado Icaraí, pois se contorna todo o litoral da Baia do lado interno de Niterói pela enseada de São Francisco até chegar nela.

Local de alguns restaurantes procurados e famosos, mas também de pequenos bares.

Pela segunda vez dei tremenda sorte, logo que é difícil estacionar em dia como hoje. Assim que descerrei a praia em sua entrada, saia um carro em vaga exclusiva no momento, junto ao calçadão, o resto todo tomado, a mesma vaga que parei domingo passado. Sou protegido.

O resto foi com as meninas do bar em frente, cervejas que higienizava no gargalo, e assim bebia, Heineken, long neck, e uma chuva de pastéis de camarão, muito bem feitos.

Muitas traineiras aportadas, as maiores vimos saírem duas, em busca da sobrevivência. O mar era de Almirante e parece que sabiam que bons “arrastos” conseguiriam. Conhecem tudo, não saem em vão. Deus os proteja. Ficam muitos dias em alto mar.

Todos, cada qual ao seu modo, buscando sobrevivência. Cheguei em casa começando a entardecer. Agradeço a Deus tudo que tem ofertado a todos nós.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 13/09/2020
Reeditado em 13/09/2020
Código do texto: T7062417
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