Após uma enorme explosão na zona portuária de Beirute, no Líbano, o governo libanês colocou os responsáveis pela região portuária em prisão domiciliar e declarou formalmente estado de emergência por duas semanas. Três dias de luto oficial também foram anunciados. 
 
Contabiliza-se até recentemente cento e trinta e cinco mortos e, mais de cinco mil feridos, além de cerca de duzentos e cinquenta mil desabrigados.
 
As equipes de salvamento ainda procuram por eventuais sobreviventes, e o teor tóxico espalhado no ar é nocivo, sendo capaz de proporcionar doenças respiratórias entre outras e até mesmo morte.
 
O nitrato de amônio é apontado como a principal matéria-prima, sendo considerado comum no uso agrícola como fertilizante e pesticida. 
 
Segundo as informações veiculadas na imprensa a explosão fora causada por 2.570 toneladas de nitrato de amônio armazenadas de forma perigosa e inadequada no porto de Beirute, após terem sido confiscadas de um navio que saíra da Geórgia em direção a Moçambique há mais de seis anos.
 
A população libanesa sempre pedira providências quanto ao armazenamento, mas foi em vão. Vários alertas foram ignorados desde 2013.
 
O prejuízo foi estimado em torno de vinte bilhões. O mais preocupante refere-se aos óbices criados para o funcionamento do porto que é a principal via de entrada e saída de mercadorias para a população libanesa.
 
O Líbano é um país em meio grave crise econômica, política e de saúde, principalmente em razão da pandemia de coronavírus.
 
A tragédia só vem aumentar a frustração que já ocorre desde ano passado em face da péssima gestão e incompetência pública que tanto arrastam o país para o abismo que traz consigo a superdesvalorização da lira e, ainda, o corte de salários e demissões.
 
O vocábulo “tragédia” provavelmente derivou-se de “tragoidia”, uma palavra formada por duas outras: “trágos”, que se traduz por “bode”, e “õidé”, que quer dizer “canto”. Assim, etimologicamente, tragédia significa literalmente “canto do bode”. Tomara que venha cessar o canto do bode.
 
 
Com a explosão foram destruídos cerca de 85% dos estoques de grãos, com reservadas estimadas para apenas um mês.
 
O jornalista Guga Chácara se emocionou ao relatar a explosão em Beirute, mesmo assim, forneceu panótica a respeito da delicada situação política e econômica do Líbano e, ainda, relembrou uma série de atentados já sofridos pelo país.
 
Apesar de visivelmente emocionado, o jornalista fora profissionalíssimo e competente prestando um serviço excelente para informação e compreensão do complexo contexto que envolve o Líbano. Parabéns, Guga!
 
A cidade amargou destruições sucessivas, afinal é uma cidade mágica e trágica, infelizmente. Israel, por sua vez, que já travou diversas guerras contra o Líbano, negou qualquer tipo de envolvimento e ofereceu ajuda.
 
O Papa Francisco pede que a comunidade internacional ajude o Líbano a superar a tragédia e a crise.
 
 
 
 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 13/09/2020
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