PREITO AO MAESTRO AECIO FLAVIO

O meu coração está em pedaços, pois morreu ontem, no Rio de Janeiro, o

maestro Aécio Flavio Rêgo, meu irmão, vitimado por um "AVC" que pôs fim

à sua brilhante carreira de artista.

Músico por vocação, filho de artistas (nosso pai era clarinetista e saxofo

nista), Aécio Flavio começou sua carreira aqui em Belô, garoto ainda, inte-

grando os "MIRINS DO RITMO". Ele tocava acordéon, eu no pandeiro e na bateria e o Rubinho no violão.

Na Radio Guarani de Belo Horizonte fomos levados por nosso pai para

apresentações no "Gurilândia", programa conduzido pelo maestro Maclere-

visky. O mano Aécio Flavio já pintava como um músico de sucesso, tocando gaita e depois acordéon.

Ingressou na "UMA" (Universidade Mineira de Arte), conheceu outros

músicos de expressão em Belo Horizonte, como o "Courinha", pianista e

a mineira Flora Purim, considerada a melhor do jazz dos EEUU.

Nesse grupo inesquecível passaram músicos como Plinio de Salles, no

"Trumpete", Dino Gandra (saxofone), Chiquito Braga (guitarra), Paulinho

Horta (contra-baixo), Toninho Horta (guitarra), Waltinho (bateria),

Whasington Pires (piano), Nivaldo Ornelas e Pepeto (saxofones),

como também os cantores Marcio José, Marcio Lott e Nilza Mene-

zes.

Nessa época, o Aécio tinha apenas 18 anos e, certa feita, home-

nageou os nossos pais, Constantino e Flaviana, escrevendo que

eles se formaram com louvor na "Faculdade das Adversidades e

das Improvisações da Vida" !... Descanse em paz, mano velho!...

-o-o-o-o-

B.Hte., 11/09/20

RobertoRego
Enviado por RobertoRego em 11/09/2020
Reeditado em 03/10/2020
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