Ela e bela frondosa
O ritmo de cada cadência. O corpo e o coração. A sístole e a diástole. Os batimentos cardíacos fortes. Assim era Anserina uma mulher de trinta e sete completos hoje. E era de tez caucasiana, olhos castanhos cor de mel, silhueta de bela modelo, um metro e setenta e sete de altura, signo de virgem, usava óculos de dois graus, bustos salientes, calçado tamanho trinta e cinco, e cintura de oitenta e um centímetros concernentes. E comprara para si mesma um apartamento com dois quartos, dois banheiros, uma cozinha, uma vaga para garagem, uma área para lazer e uma sala de estar. Convidou a amiga e confidente Amélia para morar com ela fazendo companhia no apartamento. E as duas eram muito amigas. Anserina namorara Gustavinho e Amélia namorava Elucidando. E com trinta anos as duas casaram no mesmo dia, hora e lugar. E Anserina disse Sim e Gustavinho disse Sim. Amélia disse Sim e Elucidando disse Sim. De cada paz assíncrona de que o amor é vencedor. E Anserina teve dois filhos e Amélia também teve dois. Os filhos de Anserina se chamavam de Deletério e Acadiano. E as filhas de Amélia se chamavam Sucinta e Arcádia. E os quatro se relacionaram e tiveram também mais seis filhos e filhas. E se chamavam Elo, Ela, Anelo, Anela, Clemencio e Clemencia. E viveram muitos anos todos eles. Anserina viveu até os noventa e nove, Gustavinho viveu até os cento e um, Amélia viveu até os noventa e nove, Elucidando viveu até os cem, Deletério se viveu até os cento e um, Acadiano viveu até os cento e dois. Sucinta ela viveu até os noventa e dois, Arcádia viveu até os oitenta e oito, Elo viveu até os noventa e nove, Ela viveu até os noventa anos, Anelo viveu até os oitenta e nove, Anela viveu até os noventa e dois, Clemencio viveu até os cem e Clemencia viveu até os cento e dez. Ela e bela frondosa Anserina com contente bom humor. E era espanhola e portuguesa essa menina e o marido italiano, espanhol e brasileiro natos. E os filhos foram estudar em faculdades públicas aqui no Brasil em São Paulo estado. E com certeza a alegria se mostrava concernente. E Anserina comprara uma casa com onze quartos, sete banheiros, uma cozinha, uma sala de estar, garagens para sete carros, uma piscina, sala de estudo, sala de estar e um grande jardim. E pagara um milhão e meio de reais nessa casa nova. A amiga Amélia comprara também uma casa de mesmo preço e se tornaram vizinhas alegres e sempre contentes. E Anserina fora feliz por ser cristã e iam às missas todos os finais de semana usando máscaras e álcool em gel por causa de uma doença estrangeira vinda do estrangeiro chamada de corona vírus. E Anserina contraiu essa doença e ficou na UTI tratando a falta de respiração ofegante e tomou analgésicos para se curar. E faz trinta dias que ela saiu do hospital e o marido fora internado também e os filhos também. O problema de tanta amar a vontade de se ser como presente. De cada hora que passamos com os amigos tudo se vale. E a alegria se tornava um poeta ser.