GÓLGOTA. CRUCIFICAÇÃO.

“... como deixa certo o que o judeu Flávio José autentica em sua obra sobre o personagem existente e pouco célebre, comum em sua época, Jesus Cristo. A prova mais contundente e sem condições de oposição da passagem terrena do Cristo não vem de textos formais, também acatados cientificamente, mas da conduta e atitude de seus opositores. Pagãos e judeus, ainda que guerreiros contra o cristianismo, em nenhuma hipótese colocaram em dúvida a existência do Cristo.”

“... sua morte na cruz e a breve vida pública, foram atestadas e autenticadas, definitivamente, pelo judeu latino Flávio José, como referido. Escreveu ele em 77/78 de nossa era em “A Guerra Judia”, “La Guerre Juive”, a passageira popularidade de Cristo e sua morte na cruz. Somente o registro foi feito sem haver nenhuma importância para o personagem. Jesus era quase uma sombra, um personagem desimportante para a história da época, daí a falta de vestígios.” Assim também “...em parte por força do descobrimento de documentos como os “Pseudo-epígrafos do Velho Testamento”, os “Códices de Nag Hammadi” encontrados no Alto Egito em 1945, onde pontifica Flávio Josefo.”

Flavio José, conhecido também como Flávio Josefo ou Josefo, foi contemporâneo de Cristo, viveu até 98 d.C. É considerado um dos melhores historiadores antigos. Suas obras sobre o povo judeu são preciosidades históricas da vida helênica no primeiro século. Em seu livro, "Antiguidades Judaicas", ele faz algumas referências a Jesus. Em uma delas, ele escreve:

"Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeus e pessoas de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram sua doutrina. Eles afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos profetas" (Josefo, "Antiguidades Judaicas")." De meu livro, A Inteligência de Cristo.

Josefo, Flávio José, é o único historiador formal da época que registra Cristo.

“Golgotha, uma transliteração do heb. Gilgoleth, ou do aramaico Gulgulta’, que foi simplificada para Gulgotha, significando “crânio”, ou “caveira”. In Web.

Lucas indica como significando “caveira” (Mt 27:33; Mc 15:22; Jo 19:17). Em Lc 23:33, “Calvário” (Gr. Kranion) significa literalmente “crânio”, derivando do latim Calvaria. Ou deve-se por causa dos muitos crânios dos criminosos que ali foram executados e que lá terão sido deixados (Jerónimo). De acordo com os Evangelhos, era um local proeminente (Mc 15:40; Lc 23:49), situado fora das portas da cidade (Jo 19:20; Hb 13:11-13) e perto de um jardim (Jo 19:41).”

Perto do Santo Sepulcro o local onde agora ele se encontra,se situava então fora da cidade no tempo de Cristo.

Segundo os quatro evangelistas, São Mateus, São Marco, São Lucas e São João, Jesus Cristo teria sido crucificado num lugar chamado Calvário (em hebreu Gólgota), que significa "O Lugar da Caveira" (também conhecido por Lugar do Crânio). Era o lugar onde condenados à morte eram crucificados e no local abandonados.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 11/09/2020
Reeditado em 11/09/2020
Código do texto: T7060628
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