Ela e sempre e anela e bela e ela

Com vinte e dois ela corria com o verso e oração, era freira. E rezava pela conversão dos pecadores. E era de tez morena linda e bela. Deixara a família de classe média alta pela fé e deu toda sua fortuna para os pobres de Deus. E os pais ficaram loucos por ver a filha freira. E disseram que ela fizesse o que pensasse de melhor e a aceitaram. E o pai se chamava Dulcídio e a mãe Prosódia. E o pai viveu até os noventa e a mãe até os noventa e nove. E tivera três irmãos além dela. E os irmãos se chamavam de Doce, Agridoce e Falésia. Doce fora médico clínico geral, Agridoce fora psiquiatra e Falésia fora pedagoga. Já Eufêmica a freira fizera duas faculdades a de teologia e filosofia e dava aulas de segunda, quarta e sextas feiras ao lado das outras irmãs. Todas eram amigas dela não tinha inimigas. As melhores amigas dela era Teodora e Clemência e as duas eram formadas em química e matemática exatamente. E Teodora tinha trinta e Clemência tinha trinto quando conheceu Eufêmica. E ficavam descascando batatas e cebolas para se fizer a alimentação do convento. E comiam arroz, feijão e um pedaço pequenino de carne no prato sem luxo. E como sobremesa comiam ou uma maçã ou uma laranja. Faziam somente três refeições e muitas eram muito magras pela servidão e amor a Jesus. E no café da manhã leite e café e metade de uma fatia de pão amanhecido às cinco horas. E almoçavam perto das onze horas. E jantavam perto das seis da tarde e se retiravam para seus aposentos. Algumas irmãs por saúde faziam mais uma refeição a pedido de cada freira pessoalmente feito a madre. E cada hora rezava e limpava as janelas, portas, lavabos, mesas, cadeiras e chãos. E Eufêmica ficava na portaria do convento recebendo as pessoas de fora e indicando a quem quisesse servir a Cristo. E falava: para ser freira se devem ter votos de pobreza, castidade e obediência. E ainda mais: ao acolita deve ter a caridade com amor sensacional. Eufêmica ela e sempre e anela e bela e ela foi-se. Com doçura e candura ela foi virgem do começo até o fim da vida e jamais perdera a castidade e a virgindade. Seu corpo era sagrado para Jesus a abençoar e sempre fora linda por dentro e por fora. E tinha um único pecado, ela tinha um pouco de orgulho. E perdera todo o orgulho quando ficou doente com tísica. E prometeu caso sobrevivesse que trabalharia o dobro do serviço no mesmo cerne que se pondera. E se curou. As irmãs se alegravam por ver a companheira curada e feliz. Descascou o dobro de batatas e cebolas. Limpou três vezes mais o chão. Deu aulas de segunda até sexto como sereno amor. E foi uma serva da caridade maior. Ela era da ordem das carmelitas dos pés descalços. E vivera até os cem anos a completar em setembro do ano recorrente. E as amigas viveram ate cento e dois e cento e três, Teodora e Clemência. E Eufêmica viveu uma santa alegria de coração feminil. E os pais depois de várias reações morreram em paz consigo mesmos; e ela a filha era feliz por ser freira; e hoje se completa no céu com Jesus Cristo.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 09/09/2020
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