CRIANÇA HOMENAGEIA GARIS EM FESTA DE ANIVERSÁRIO
Coletores de lixo e suas famílias participaram da Comemoração
MEUS QUERIDOS GARIS
Introito:
Coletores de lixo e suas famílias participaram da Comemoração
MEUS QUERIDOS GARIS
Não sei se já confessei aos meus leitores o respeito e toda minha admiração pela insubstituível profissão exercida pelos Garis. Reputo-a como sendo uma – senão a mais – importante de todas as profissões exercidas pelo homem.
A ‘grã-fina de nariz de cadáver’ (Bênçãos lhe peço Nelson Rodrigues!) por certo, irá discordar. A ela direi: – Se esses bravos profissionais da limpeza urbana vierem a cruzar os braços por apenas três dias, o seu cadavérico nariz se entupiria com os odores mal cheirosos provocados pelo lixo que ela e os demais espalham pela urbe.
A “grã fina de nariz de cadáver” é um dos personagens do ilustre dramaturgo da literatura brasileira! Nota do autor.
São tão importantes, que lamento não os termos em nossa capital federal, portando vassouras sob a forma de fortes leis e detergentes, para promover uma limpeza nos famigerados três poderes da República: Congresso Nacional, Poder Executivo e o horrendo STF, de onde varreriam todo o lixo lá contido. E – cá pra nós – é lixo que não acaba nunca, graças à nossa idiotice e parvoíce, por jogarmos o nosso voto na latrina em forma de urna, ao escolhermos (deveríamos excluir) tão maus políticos para gerir e legislar em nosso nome! É lixo – como diriam – pra dedéu!
Parte I:
Pois bem! Já que fiz a minha declaração de amor a esta bravíssima classe, devo, também, dizer que em frente ao prédio onde moro havia, à época, uma obra. É um edifício destinado ao uso de apartamentos e lojas comerciais e que, por problemas jurídicos, não acaba nunca. É mais um baita, um gigantesco espigão que se eleva. É mais uma árvore de concreto surgindo, assustadoramente, nesta selva de pedras. E esta árvore está cheia de “homo sapiens” na busca da sobrevivência. Mesmo não dando frutos, gera empregos para os homens que, mais parecendo macacos, vivem pendurados em seus galhos (andaimes) de onde, vez por outra, alguns caem e se esborracham ao chão. Ceifa-se uma vida, mas a árvore continua a sua subida rumo ao céu, com a pretensão de ser uma Babel do século atual.
Esta construção – devo dizer – tem algo de incomum. Todas as manhãs, ouvimos uma algazarra promovida pelos operários. E ela é “provocada” quando da passagem dos bravos garis no recolhimento do nosso lixo caseiro.
Da obra saem os gritos dos micos humanos provocando os garis:
- Ó fedidos! Ó fedorentos! Ó bando de urubus!
As “ofensas” não ficam sem as devidas respostas dos garis:
-Ó macacada! Ó bando de pau-de-arara! Ó bando de “mortos à fome!”
A troca das “ofensas” fica somente nisso. Os risos, oriundos de ambas as partes, são a prova do respeito que nutrem uns pelos outros. São todos eles – bravos operários da construção civil e os não menos, bravos e queridos garis – figuras importantes no desenvolvimento e crescimento das cidades.
Contudo, se me perguntarem por qual time torço direi: Gari Futebol Clube – sem pestanejar. É ele, o meu time, responsável por tudo de bom que existe em nossas vidas. Duvidam? Vejamos:
A nossa vida – entregue às mãos de um competente médico – passa, primeiramente, pelas calejadas mãos de um gari hospitalar. Devo dizer que, lá, ele recebe uma nova denominação: S.G. – Serviço Geral, que, na verdade, é o nosso amado Gari das Ruas! É ele quem promove a limpeza e higienização do bloco cirúrgico retirando dali fungos, vírus e bactérias que trazem tantos perigos de uma possível infecção hospitalar com morte anunciada. Sem esta batalha (travada entre os garis contra os bichinhos supracitados, destruindo-os), todo saber e pós-Doutorados dos médicos, conseguidos ao longo dos anos de estudos acadêmicos, de nada valeriam – eles perderiam não só batalha – a guerra! São (E espero que concordem mesmo tendo o direito insofismável da discordância.) eles – os meus bravos e valentes Garis – os elementos mais importantes para a manutenção da nossa saúde, vida e bem estar.
Basta, como exemplo, ou querem mais? Em quaisquer que possam ser as respostas – afirmativa ou não – darei mais exemplos dentre os muitos existentes:
Imaginemos que os bravos garis resolvessem promover uma greve. Ah, meus amigos, aí, ‘o bicho pegaria feio e a coisa ficaria fedorenta’. O amontoado de lixo – mesmo ensacados – iria acumular nos passeios sem nos dar condições de trânsito, nos obrigando a disputar espaço das ruas entre os carros, correndo o risco de sermos atropelados. Isso porque você, grã-fina de nariz de cadáver e todos os demais, não estão nem aí para a greve dos garis. A mim e a todos somente interessa a retirada do lixo de dentro das nossas casas, colocá-lo na rua e o resto que se dane. É aquele caso de se jogar o lixo fora. Mas, fora de onde? Por certo dirão:
- Da minha casa!
Merece aplausos e – mesmo discordando – aplaudo de pé! Mas, se jogar o lixo na rua, temos que considerar que a Rua, o Bairro, a Cidade, o Estado, o País e o Mundo formam o conjunto do que seja a Nossa Casa por ser onde moramos. Sim, moramos neste mundo. Portanto, se quisermos Jogar o Lixo Fora de Casa, teríamos que dispensar a impoluta figura do amado Gari, pegarmos uma nave espacial e atirar o bendito lixo nosso de cada dia no espaço sideral. E convenhamos: Lá já existe lixo em demasia que a tecnologia interplanetária tem descartado!
Em síntese: retiro o problema das minhas costas e o jogo no meio da rua, sem me importar que o meu irresponsável ato vá causar inúmeros problemas para os demais.
Epílogo:
Como se não bastassem os exemplos dados, pense no que seria a nossa casa sem a secretária do lar para colocá-la nos trinques ao ponto de receber os elogios (Viu grã fina de nariz de cadáver?) das visitas amigas?
– Nossa, querida, a sua casa está um amor! Linda, perfumada. Hum!... que cheirinho bom!
Então, esta nobilíssima Secretária do Lar faz, também, parte do heroico Time do S.G. – Serviço Geral. Convenhamos: A nossa vida seria um lixo se não houvesse esta heroica e bravíssima profissão exercida pelos meus amados S.G. Hospitalar e os meus queridos Garis.
A eles – MEUS QUERIDOS GARIS – uma modesta homenagem de reconhecimentos pelos seus inegáveis e prestimosos serviços prestados à nossa sociedade. Espero e torço para que um dia possamos ter na Capital do nosso país a impoluta figura deste bravíssimo serviçal, para que venha a promover a esperada e ansiada Limpeza nas Hostes Palacianas dos Três Poderes desta podre e fedorenta República Brasileira!
Imagem: Google
A ‘grã-fina de nariz de cadáver’ (Bênçãos lhe peço Nelson Rodrigues!) por certo, irá discordar. A ela direi: – Se esses bravos profissionais da limpeza urbana vierem a cruzar os braços por apenas três dias, o seu cadavérico nariz se entupiria com os odores mal cheirosos provocados pelo lixo que ela e os demais espalham pela urbe.
A “grã fina de nariz de cadáver” é um dos personagens do ilustre dramaturgo da literatura brasileira! Nota do autor.
São tão importantes, que lamento não os termos em nossa capital federal, portando vassouras sob a forma de fortes leis e detergentes, para promover uma limpeza nos famigerados três poderes da República: Congresso Nacional, Poder Executivo e o horrendo STF, de onde varreriam todo o lixo lá contido. E – cá pra nós – é lixo que não acaba nunca, graças à nossa idiotice e parvoíce, por jogarmos o nosso voto na latrina em forma de urna, ao escolhermos (deveríamos excluir) tão maus políticos para gerir e legislar em nosso nome! É lixo – como diriam – pra dedéu!
Parte I:
Pois bem! Já que fiz a minha declaração de amor a esta bravíssima classe, devo, também, dizer que em frente ao prédio onde moro havia, à época, uma obra. É um edifício destinado ao uso de apartamentos e lojas comerciais e que, por problemas jurídicos, não acaba nunca. É mais um baita, um gigantesco espigão que se eleva. É mais uma árvore de concreto surgindo, assustadoramente, nesta selva de pedras. E esta árvore está cheia de “homo sapiens” na busca da sobrevivência. Mesmo não dando frutos, gera empregos para os homens que, mais parecendo macacos, vivem pendurados em seus galhos (andaimes) de onde, vez por outra, alguns caem e se esborracham ao chão. Ceifa-se uma vida, mas a árvore continua a sua subida rumo ao céu, com a pretensão de ser uma Babel do século atual.
Esta construção – devo dizer – tem algo de incomum. Todas as manhãs, ouvimos uma algazarra promovida pelos operários. E ela é “provocada” quando da passagem dos bravos garis no recolhimento do nosso lixo caseiro.
Da obra saem os gritos dos micos humanos provocando os garis:
- Ó fedidos! Ó fedorentos! Ó bando de urubus!
As “ofensas” não ficam sem as devidas respostas dos garis:
-Ó macacada! Ó bando de pau-de-arara! Ó bando de “mortos à fome!”
A troca das “ofensas” fica somente nisso. Os risos, oriundos de ambas as partes, são a prova do respeito que nutrem uns pelos outros. São todos eles – bravos operários da construção civil e os não menos, bravos e queridos garis – figuras importantes no desenvolvimento e crescimento das cidades.
Contudo, se me perguntarem por qual time torço direi: Gari Futebol Clube – sem pestanejar. É ele, o meu time, responsável por tudo de bom que existe em nossas vidas. Duvidam? Vejamos:
A nossa vida – entregue às mãos de um competente médico – passa, primeiramente, pelas calejadas mãos de um gari hospitalar. Devo dizer que, lá, ele recebe uma nova denominação: S.G. – Serviço Geral, que, na verdade, é o nosso amado Gari das Ruas! É ele quem promove a limpeza e higienização do bloco cirúrgico retirando dali fungos, vírus e bactérias que trazem tantos perigos de uma possível infecção hospitalar com morte anunciada. Sem esta batalha (travada entre os garis contra os bichinhos supracitados, destruindo-os), todo saber e pós-Doutorados dos médicos, conseguidos ao longo dos anos de estudos acadêmicos, de nada valeriam – eles perderiam não só batalha – a guerra! São (E espero que concordem mesmo tendo o direito insofismável da discordância.) eles – os meus bravos e valentes Garis – os elementos mais importantes para a manutenção da nossa saúde, vida e bem estar.
Basta, como exemplo, ou querem mais? Em quaisquer que possam ser as respostas – afirmativa ou não – darei mais exemplos dentre os muitos existentes:
Imaginemos que os bravos garis resolvessem promover uma greve. Ah, meus amigos, aí, ‘o bicho pegaria feio e a coisa ficaria fedorenta’. O amontoado de lixo – mesmo ensacados – iria acumular nos passeios sem nos dar condições de trânsito, nos obrigando a disputar espaço das ruas entre os carros, correndo o risco de sermos atropelados. Isso porque você, grã-fina de nariz de cadáver e todos os demais, não estão nem aí para a greve dos garis. A mim e a todos somente interessa a retirada do lixo de dentro das nossas casas, colocá-lo na rua e o resto que se dane. É aquele caso de se jogar o lixo fora. Mas, fora de onde? Por certo dirão:
- Da minha casa!
Merece aplausos e – mesmo discordando – aplaudo de pé! Mas, se jogar o lixo na rua, temos que considerar que a Rua, o Bairro, a Cidade, o Estado, o País e o Mundo formam o conjunto do que seja a Nossa Casa por ser onde moramos. Sim, moramos neste mundo. Portanto, se quisermos Jogar o Lixo Fora de Casa, teríamos que dispensar a impoluta figura do amado Gari, pegarmos uma nave espacial e atirar o bendito lixo nosso de cada dia no espaço sideral. E convenhamos: Lá já existe lixo em demasia que a tecnologia interplanetária tem descartado!
Em síntese: retiro o problema das minhas costas e o jogo no meio da rua, sem me importar que o meu irresponsável ato vá causar inúmeros problemas para os demais.
Epílogo:
Como se não bastassem os exemplos dados, pense no que seria a nossa casa sem a secretária do lar para colocá-la nos trinques ao ponto de receber os elogios (Viu grã fina de nariz de cadáver?) das visitas amigas?
– Nossa, querida, a sua casa está um amor! Linda, perfumada. Hum!... que cheirinho bom!
Então, esta nobilíssima Secretária do Lar faz, também, parte do heroico Time do S.G. – Serviço Geral. Convenhamos: A nossa vida seria um lixo se não houvesse esta heroica e bravíssima profissão exercida pelos meus amados S.G. Hospitalar e os meus queridos Garis.
A eles – MEUS QUERIDOS GARIS – uma modesta homenagem de reconhecimentos pelos seus inegáveis e prestimosos serviços prestados à nossa sociedade. Espero e torço para que um dia possamos ter na Capital do nosso país a impoluta figura deste bravíssimo serviçal, para que venha a promover a esperada e ansiada Limpeza nas Hostes Palacianas dos Três Poderes desta podre e fedorenta República Brasileira!
Imagem: Google