Se não há reciprocidade, não insista.
Eu nunca me esforcei para estar em espaços onde a minha presença não era bem-vinda. Sempre acreditei que os laços devem ser construídos de forma espontânea e com o maior nível de reciprocidade possível. E carrego esse pensamento comigo, até hoje. Se há necessidades de forçar a barra, não é o seu lugar. Quando é de verdade, todos os lados se doam. E essa troca mútua é um pré-requisito importantíssimo para a relação fluir da forma mais leve possível. Eu vejo pessoas se perdendo, na tentativa de se encontrarem em ambientes completamente opostos aos seus princípios. Ao ver essas atitudes, lanço para mim o seguinte questionamento: “Será se vale a pena esse esforço exaustivo para se encaixar num determinado espaço que não faz a mínima questão de mim?". Facilmente chego à conclusão de que não é inteligente, tampouco saudável fazer isso. Entendo que há diversas variáveis que levam o indivíduo a cometer tal equívoco, seja como forma de preencher o vazio imenso que há dentro de si ou apenas por questão de pertencimento àquele grupo. Porém, não vejo pertinência nessa alternativa. Todas as relações devem ser construídas naturalmente, sem cobranças e sem esforços em demasia para estar ali. Dou preferência à espontaneidade, em toda e qualquer situação. Se é forçado, é artificial e instantâneo. Portanto, não é o seu lugar. Relações que somente um indivíduo se sacrifica e dá o seu melhor, sem receber nada do outro, são nocivas e causam danos irreparáveis em qualquer pessoa. Ao menor sinal tóxico ou ao identificar sinais de esgotamento, retire-se o mais rápido possível e vá em busca de espaços leias, firmes e que façam questão de ter você.