Voto e Cidadania
COMEÇO citando Brecht: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais".
Possuo amigos, a quem estimo, que sempre dizem que um homem não deve entrar na política, se o fizer perde a vergonha. Não discuto. Cada cabeça é um mundo. Mas acho um erro crasso, um erro abissal. Ora, se s mais bem informados se abstêm, deixam o barco à deriva, e ele, claro, afunda.
Acho que o homem consciente deve participar do debate político. E pode fazer isso sem pertencer a partidos, Basta exercer seus direitos e deveres de cidadania.
No mais, no que concerne ao voto, concordo com o que disse Carlos Lacerda, o saudoso guru da direita mais radical: "O voto tanto ode ser uma carta de alforria como um título de servidão. O Corvo estava certo. Inté.