A VIDA BRILHA
A vida brilha ao tilintar, por vezes austero, por vezes descarado, por vezes maravilhado, do tempo. Suas amarras tremem diante do gorjear da paixão, das labaredas do medo, dos guizos atarantados da dor. A vida se debulha em réstias de alegria quando duas almas se cerzem numa só, gargalhando tanto que o universo pede silêncio. A vida se encanta quando os suores se misturam num gozo máximo, assistindo esta sinfonia única numa alegoria divina. A vida se reconhece eterna nas beiradas da loucura, nos malabares da fé, nos quitutes do perdão, nas marés da gratidão e, sobretudo, nos galopes libertos do querer-bem.