Poder e Peste
NUNCA fiz parte de nenhum poder. Graças a Deus. Não por medo de me corromper, mas porque realmente não tenho vocação para o mando. Prefiro ser sempre u dissidente avesso aos poderes. Reconheço que são necessários. Mas tenho um pé atrás para com eles. Todos eles. Lembro aquela piada do náufrago espanhol que chegou a uma ilha, logo que foi salvo perguntou: "Hay gobierno?". Disseram que sim, Ele emendou: "Entonces soy contra", Bingo.
Sempre observei que as pessoas quando assumem qualquer tipo de poder mudam ogo sua maneira de ser. Se tornam importantes. É muito difícil, raríssimo, que a pessoa ao assumir um tipo de poder não ficar fascinado pelo mando. Tem que demonstrar que é importante e que manda no pedaço. Mas algo sempre me espantou: é que essa arrogância e prepotência só funcionam para com os pequenos. Esses arrogantes quando se deparam com alguém com uma fita a mais, se tornam mais servis do que eram antes de assumir oposto.
O poder realmente funciona, aturde e, pior, corrompe. Tudo bem, concordo que há exceções. Reconheço que ha agulhas no palheiro, Mas a regra geral é que ele deleta a personalidade dos mais fracos. Dia desses li um verso de Shelley: "O poder, como uma peste desoladora, polui tudo que toca". Correto.
Detesto o poder, todos os podres poderes. E priu. Inté.