Como ela e ela sempre

Com vinte anos e Opalinas foi mestranda em análise de sistemas. E se formou aos vinte e nove anos em doutorado nessa área. E namorara três vezes em dez anos. Namorou o bom Perseu, mas a abandonou por falta de interesse nela. Namorou o bom Joaquim, mas ele desistiu por incompatibilidade financeira entre ela e ele. Já o terceiro e atual namorado é marido também o boníssimo e amoroso Xavier. E tiveram ele com ela dois filhos com trinta e três e trinta e sete. E se chamavam Joanete e Jovira. E ela escreveu seu primeiro doutorado em três anos. E fez mais duas faculdades com doutorado como ciência da computação e engenharia da computação. E com sessenta anos se formara nas três faculdades com direito a doutorado e pós. E Opalinas foi sempre correta. Tinha tez morena caucasiana, um metro e setenta e sete de altura. Olhos castanhos, silhueta de modelo, tamanho trinta e sete de calçados, usava óculos para miopia, e bustos enormes e salientes de se ver. E comprou para ela e para o marido duas casas. A primeira tinha três quartos e com dois banheiros e com sala de estar, cozinha, garagem para dois carros e um jardim pequeno. Já a outra casa ficou com os dois filhos e tinha dois quartos, dois banheiros, uma sala de estar, uma cozinha, vagas para dois carros na garagem e jardim. A primeira casa foi comprada por setecentos e setenta mil reais. Já a segunda por quinhentos e setenta e sete mil reais. E Opalinas comprou para si um carro e para o marido e os filhos também. E começou como hobbies a dirigir moto e a viajar para a praia de moto todos os finais de semana de todos os anos. E ela corria com segurança. E de um dia passado ela estava indo ao trabalho de motocicleta quando um carro bateu na moto dela e ela ficou desacordada e foi para a UTI do hospital próximo de sua casa na zona leste da cidade mineira. E o marido e os filhos ficaram rezando todos os dias pela libertação do acidente dela. E ela infelizmente morreu. E foi enterrada no jazigo da família Boa Aventura o sobrenome dela. E na lápide se escreveu dela: foi mulher, mãe, companheira e fiel até o fim. E com rapidez de que eles a amavam sempre. Como ela e ela sempre eram semear a paz. E de cada hora chagada de que somos como predicados com versos nobres o perdão se realiza esse dar a paz. E Opalinas era rica não em dinheiro, mas em amor. E quando Xavier completou cento e três anos partiu. Já Opalinas partiu com sessenta e seis anos. Joanete viveu até os cem e Jovira viveu até os cento e dois. E tinham animais de estimação como um cágado, um coelho e três ratinhos domésticos. E passeava com o Dormido um cachorro pastor alemão fiel e dócil, e a família Boa Aventura foi feliz rumo ao amor eterno. E de cada praticidade de querermos ser felizes. E a passeava os cinco com harmonia e amor celeste. Navegando na praia dos amores semblante o amor pela família é o que importa. E Opalinas sabe que o amor é eterno e a vontade de vencer também. E estão os cinco enterrados no sepulcro chamados de pazes.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 04/09/2020
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