BOOMERANG
Gritei teu nome. No peito. No cérebro. No sonho. No sono.
Mordi o lábio até ele rasgar, até que teu nome se desenhasse na minha pele e escorresse sangue, tinta vermelha na minha tela branca.
Levei tua identidade como se fosse minha. E eu que pensava que era saudável? E eu que pensava que podia chamar de amor?
Acho que meu “eu te amo” não precisa mais do “te”. Eu amo, mas tu não fazes mais parte da oração.
Por mais que todas as tuas letras ainda queimem minha pele com todos os beijos que tu distribui. Mesmo que meus dedos ainda busquem teus cabelos, tua mão, tu. Mesmo que meu coração ainda pule uma batida ao te ver.
Eu sou boomerang. Tu me arremessas para longe, para fora, sai de perto! E eu volto. Porque eu amo. E sem querer, te querendo, eu (te) amo.