SETEMBRO
E vida continua...
Setembro inicia-se. Melhor: iniciou. Com ele, enquanto a socialidade, de modo geral, parece retomar seu caminho (futuro?), a educação continua não saber bem o que fazer ou como fazer. É o que parece.
Há, na volta às aulas presenciais, uma preocupação diferente em relação à volta ao trabalho e a vida social. Crianças e adolescentes juntos na escola significa aglomeração e espaços inadequados para o enfrentamento dos desafios que a COVID-19 impõe. E... são nossos filhos.
Voltar ao trabalho é uma necessidade para todos que a defendem. Explorados, todos; exploradores, quase todos, precisam da relação laboral para sua própria sobrevivência. Não que não existam outras formas de produzir e reproduzir a vida, mas estamos cegos – ou acorrentados – para vê-la.
E a volta à socialidade é necessidade afetiva, relacional, mas, também, luxo, ostentação para os que tem o poder (dinheiro). Sem ostentar, a riqueza não tem nenhum valor, nem sentido, muito menos significado.
Enfim, aos poucos, ainda que teimosamente em alguns setores, a vida volta a um ritmo em que todos se envolvem de alguma forma. Em que os medos e perturbações de ordem psicológica, informacional, moral, cultural e outros vão dando lugar ao ritmo da ‘vida continua’.
Vamos sair melhores como humanos depois da pandemia? Acredito, de modo geral, não. A humanidade ainda está no estágio de piorar antes de perceber suas desumanidades para depois construir uma consciência coletiva e fundar, de fato, uma comunidade humana.
Enquanto isso... vida que segue.
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https://youtu.be/G7t4aI-tqzk