Vivenciando uma Pandemia...
Todos temos um período de vida neste Planeta Terra. Poderia ter sido na Idade Média. Ou mesmo na Pré-História. Escrevo esta Crônica aqui mesmo no início do Século XXI. Vivenciando uma Pandemia no transcorrer do Ano de 2020. Se é verdade que as Crônicas tornam-se fósseis literários de escritores famosos ou mesmo do cidadão comum que ousa registrar o que vai pela alma, peço humildemente ao meu Arqueólogo Literário querido, paciência e tenacidade ao compor uma época tão sofrida...
Sim, quero falar do "Abraço" !!! Aquele que sempre foi automático, vigoroso e reconfortante. A sensação que nossos amores, parentes, amigos, o semelhante que passa ao lado, o garçom, o médico, a secretária, a maçaneta, a banana e o resto do universo possam nos contaminar é devastadora. Abraçar apertado e apaixonado pessoas queridas sempre foi remédio e dos bons. Sentir o calor, a respiração e até as batidas do coração de um amigo representar um convite para a morte, danifica qualquer equilíbrio emocional. Ler nos livros Pandemias Históricas é diferente de sermos hoje personagens, testemunhas e estatísticas de um Vírus Letal. Aquele cotidiano habitual por vezes negligenciado, classificado em muitos momentos como um tédio, hoje é motivo de saudade e certeza de um tesouro perdido. Simplesmente sair as ruas sem máscara, sem guardar distância segura dos semelhantes, sentar em um café e apreciar um Mundo acolhedor. A talvez falsa impressão de segurança, confiança na nossa natural imunidade, sempre foi uma benção. O desafio global para a Humanidade é imenso. O individualismo, o egoísmo, a preocupação tão somente com o próprio umbigo, formatou durante séculos o cenário atual. Acho que já sabíamos. A importância das nossas conquistas. A Pandemia vai passar para a história que Arqueólogos Sociais estudarão no futuro. Cabe a nós, Protagonistas deste momento triste e difícil, valorizarmos outra vez com muita fé e esperança valores eternos e universais como o "Abraço gostoso, sincero e aconchegante" que sustenta a vida e acalma a alma. Vai passar...