Os livros fazem parte de nossa vida desde a infância, e nos perseguem no cheiro e na imprevisibilidade das folhas, no mergulho nas letras, quando entramos em um mundo admiravelmente novo. Durante nossa vida sempre estamos em fase de encontros, aqueles necessários quando nossa alma pede algo novo. E nos livros vamos buscar o remédio para nossa alma, fingindo as vezes que somos protagonistas da própria história num escape maravilhoso da realidade.
Quando a ansiedade nos envolve, mergulhamos na fantasia, quando a angustia é tamanha, ali estão as soluções quase possíveis para enfrentarmos a vida. Durante a pandemia, aquele livro de receitas para aprender como fazer um pão caseiro, ou o outro para planejar uma viagem pós-pandemia. Como tingir seu cabelo em casa, como adquirir auto-estima, como viver longe dos amigos, ou, com a saudade da proximidade, aquele livro que fala do poder do abraço. Ah! esse agasalha, envolve, e quase abraça.
O livro perfeito é aquele que tentamos alcançar na estante da nossa emoção dependendo do momento, da necessidade, e que como mágica torna-se naquele momento a ferramenta necessária para nossa momentânea sobrevivência. Alguns chegam em formas de mãos, de olhares, de abraços ternos ou longas caminhadas. Tem o poder de liberar lágrimas e gerar suspiros profundos. Não são amigos invasivos, e na hora que os fechamos, respeitam nossa vontade e dormem silenciosos em nossos criados-mudos.
Tema: O livro perfeito