Algo que marca...
Sempre existe algo na vida da gente que marca.
Gestos, por vezes, até insignificantes aos olhos de outrem.
No entanto, adquirem um simbolismo tão forte que continuam vivos na nossa mente, caráter e nos sentimentos que expressamos - mesmo os mais singelos!
Talvez, o motivo para essa crônica curta seja estender um pouco a minha reflexão sobre que ou quais coisas que impactaram a minha vida, em toda a trajetória.
Alguns eu poderia citar, bem rapidamente. Por exemplo, desde os momentos bons como o meu primeiro beijo, o "raro" momento em que fiz o meu gol de placa ou a minha nota dez até os momentos ruins - como a hora que a professora da terceira série rasgou minhas oito folhas de caderno, só porque a minha caligrafia era muito feia. Ou ainda... os constantes grupos de música na minha infância, adolescência e juventude me rejeitarem para fazer parte com eles, porque achavam que a minha voz não era boa. Ou para piorar: nunca fui chamado ou convidado a uma festa de quinze anos, para dançar com a aniversariamente - não sei se era por conta do meu jeito atabalhoado de ser ou por outra razão qualquer que não era cotado.
Assim, algumas frustrações ficam para sempre e são irresversíveis. Cabe a nós saber administrá-los, antes que esse dissabor nos tome por completo. Outras, podemos driblá-la bem, realizando, em um momento ou outro. Mas os momentos felizes... ah, que momentos! Podem até ser que não voltem, mas eles se eternizam e se tornam presentes na mente de quem os lembra.
Talvez, é na existência da própria vida a razão destes momentos. Alegrias, decepções, aprendizado... tudo é um processo onde ninguém (absolutamente ninguém!) está ileso de passar - ainda que de forma fortuita, use, talvez, da sua suposta "maturidade" ou "experiência" como um escapismo fútil e, por vezes, nefasto de algo tão irreversível como cada momento em que passamos.
Esse, talvez, é o lado mais pitoresco e ímpar da vida humana.