Corruptível e Corruptor* (31/08/2020)

“Métodos vis podem nos conduzir ao poder; mas, não à glória!”.

A antecipação do voto é uma ação democrática e de livre iniciativa, mas, as vezes, temerária. As passeatas, por exemplo, são um atentado ao processo eleitoral. É quando os partidos usam os eleitores como escudos. A rua era para ser palco das indignações – Ali, as verdadeiras manifestações. Devíamos nos opor à opressão, não nos rebaixar em troca de um favor pessoal.

Toda aparição política é financiada com dinheiro público. Nada é de graça numa campanha eleitoral. Prevalece quem tem uma maior estrutura de campanha. O marketing, por exemplo, agiganta os homens... - E fixa na mente do eleitor um conceito de fácil assimilação na tentativa de ludibriar a massa. Naquelas bandeirinhas espalhadas pelos logradouros está estampada a cara do povo.

É sabido que o Estado se relaciona/responde à pressão ou à ausência de pressão social. Mesmo técnico, padronizador e uniformizador, - o plano de governo ainda é plataforma de balizamento, mas ninguém parece querer mais debater propostas. Até mesmo a propaganda gratuita e os debates midiáticos no rádio e na televisão, além de outras divulgações permitidas por lei, deveriam ser melhor aproveitados; mas, não! A resistência está entregando os pontos.

Na relação com a urna, apenas o silêncio. - Porém, o quanto somos independentes? Votar é uma luta. E negar isso é vender a si mesmo. Não há inocentes na política... - Corruptíveis e corruptores agem livremente. O processo é que está podre.

“Santinhos” em profusão revoam à esquina numa inusitada confluência de legendas. Na varrição costumeira da manhã seguinte, o destino é a lata do lixo.

Misael Nobrega
Enviado por Misael Nobrega em 31/08/2020
Reeditado em 19/08/2024
Código do texto: T7051383
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