CONTROLE VIRTUAL ("O homem que não sabe dominar os seus instintos, é sempre escravo daqueles que se propõem satisfazê-los." — Gustave Le Bon)

A educação apelou loucamente: A frequência vale nota. Como assim, se as aulas não são presenciais? Faz de conta que a movimentação dos alunos na internet através dos link recomendados conta como presença! E se ele tem participação efetiva virtualmente, mas não entrega as atividades propostas, vai ser promovido? Se não, como justificar uma possível reprovação, mesmo entregando atividades erradas: estava presente virtualmente. Não se controla ninguém quando o curso é a distância! Quando (onde ?) as mentiras são facilmente justificáveis. Aí, no mês do azar, agosto pandêmico, o pagamento da maioria dos professores do estado veio errado, prejudicando-nos; ninguém erra para beneficiar os funcionários. O contracheque de quem errou não não tem erro algum, ele se beneficia de alguma forma.

Os bimestres mudaram para Ciclos. Do professor é exigido um Portfólios como se tivesse que pagar a conta, trabalhando mais. Professores são avaliados por pais de aluno, a situação está às avessas, o aluno se autoavaliando e os seus professores também.

Mas, tudo isso é uma extensão do que já acontecia, no velho normal: Barbarismo total, todos os dias tinha um aluno na porta de minha sala de aula com uma folha da secretaria, pedindo trabalho de dependência, aqui estava uma prova da incoerência, este de progressão parcial atrapalhara suas aulas e agora atrapalhando a aula dos outros. E a direção cobrava qualidade do professor no trabalho extraclasse, nas horas de descanso, no refúgio de sua família. Aí o professor cobrava a atividade do aluno e ele dizia: — "Num vim, num fiço" e ficava por isso mesmo, a culpa era do professor que não dera nota favorável em seus trabalhos anteriores. O castigo da recuperação ainda é para o professor. Por isso, os professores do novo normal não deixam seus alunos de recuperação.