A MULHER E A SUPOSTA SENSUALIDADE
Durval Carvalhal
Caro Pedro Ramos Botelho, na juventude, campeava o baixo meretrício, cujas mulheres vestiam-se da maneira mais sensual ou descarada possível: pouca roupa, batom forte, sorriso largo, na expectativa de atrair mais homens.
Conheci uma bela estudante de sociologia, que tinha enorme vontade de ir ao brega só para verificar como as 'putinhas' viviam e se portavam; quais suas dificuldades e suas angústias.
A sociedade evoluiu, os costumes foram se modificando e a liberdade sexual foi ganhando força; e com a decadência bregueira, a força da sua moda ganhou a sociedade e, lá, fez morada, revolucionando comportamentos e atitudes.
Lembro-me do poeta italiano Pitigrilli, que dizia que "o vestido foi feito para deixar a mulher mais bonita quando o retira”. Sem dúvida, roupa é corte, costura, acabamento e, sobretudo, caimento.
Os poetas parnasianos exploraram muito o fascínio que o corpo feminino exerce na mente masculina. Em “Como Encontrar um Maridos Depois dos 35”, Rachel Greenwald lembra que “a embalagem é simplesmente a sua aparência exterior”, e “é o que primeira chama a atenção”.
Vestir-se bem é harmonizar roupa e silhueta. Muitas vezes, uma mulher com um longo é mais sensual que outra escrachada. E o dia que a mulher entender que sensualidade não é vulgaridade terá alcançado o esplendor feminino.
C'est la vie, mon ami.