A prostituta que roubou o meu coração
Tudo começou na noite de sexta-feira, por volta das dezanove horas, quando discutia com a minha esposa porque ela negara fazer amor comigo, com medo de machucar o bebe que crescia lentamente no seu ventre. Era o nosso primeiro filho, e ela fazia de tudo para proteger a sementinha que brotava no seu ventre. Até as famosas sessões de ginástica que ela fazia para ficar cada vez mais fitness para me agradar foram interrompidas.
Nervoso com aquela situação, saí de casa nas pressas e sentei no primeiro bar da esquina com vontade de tomar alguns copitos de modo a afogar o meu nervosismo. Depois de alguns copitos de alcool na cabeça, puxei a Nadia, uma das garotas frequentadora assídua daquele local para dançar. Após tantos passos de dança nos embrulhamos em abraços infinitos e beijos inesperados que me fizeram esquecer que eu era um homem casado. Ela convidou-me para uma suíte próximo daquele local, onde tivemos uma noite inesquecível, e só despertei no dia seguinte quando eram por volta das nove horas e ao meu lado tinha uma bandeja bem renquitada, com uma porçao de frutas, cereais, sopa e minha cerveja predileta, uma heineken bem gelada, tudo preparado por ela. Tomei a pequena refeição nas pressas, peguei nos meus pertences e corri de imediato para casa sem saber o que me aguardava. Logo que abri a porta, a minha esposa estava sentada no sofa, apenas olhou para mim e não me dirigiu nem uma palavra. Pedi desculpas pelo sucedido e tudo voltou a normalidade.
Passado algumas semanas, eu não conseguia esquecer a menina do bar, liguei para ela e marcamos o encontro no mesmo local. Tivemos uma tarde inesquecível que até me fazia pensar em recuar no tempo para ser solteiro novamente e fazer novas escolhas.
Quando a minha esposa nasceu, notei que ela estava meio desmazelada com gorduras acima da média, peitos enormes, longe de ser aquela menininha com quem me apaixonei. Decidi me separar dela, porque já não tinha desejos por ela e que o meu coração pertencia a outra. Mudei de casa e fui morar com a Nadia, a menina que fazia o meu coração palpitar como se fosse um adolescente apaixonado. Tudo ia muito bem até no dia que flagrei ela com um outro homem na casa onde viviamos. Ela confeçou me que era prostituta e que não dependia de homem nenhum e estava satisfeita com a vida que levava. Fiquei sem chão, foi aí que caiu a ficha e percebi que perdi uma grande mulher em troca de uma prostituta que roubou o meu coração.
By. Lino Manuel Chicamisse
In. “As aventuras do dia a dia”