Hemingway e vinhos finos

ALGUNS dos grandes escritores foram também grandes jornalistas. Exemplo: o brasileiro Antonio Callado,autor de pelo meos três obras-primas da nossa literatura, "Quarup", "Bar Dom Juan" e "Reflexos do Baile". foi ainda grande jornalista e algumas das suas reportagens foram imortalizadas no magnífico livro "Tempos de Arraes" (onde ele analisa o primeiro governo de Arraes). Outro foi Garcia Márquez, recentemente foi lançado um livro sobre suas reportagens, "O Escândalo do Século". E o outro , apenas para citar três, foi Ernest Hemingway, o grande romancista que foi também um famoso jornalista. A Civilização Brasileira lançou há muito tempo dois volumes enfeixando as reportagens dele como correspondente e analista de guerras, o título é "Tempo de Morrer". Espetacular.

Bom, mas o que desejo mesmo focar nesta maltraçada é uma curiosidade sobre Hemingway. No segundo volume de suas reportagens há a transcrição de uma entrevista que ele concedeu ao jornalista Ralph Ingersol, depois que fez uma viagem ao Extremo Oriente, em 1941. Vou transcrever um trecho da entrevista:

"Descobriram também quitutes raros, como vinho de cobra e de pássaro. Hemingway descreveu o vinho de cobra como vinho especial de arroz com um certo número de pequenas cobras enroladas no fundo da garrafa. As cobras estão mortas, éclaro - explicou Hemingway - e encontram-se aí para fins medicinais. O vinhode pássaro é também vinho de arroz mas, no findo da garrafa, há uma porção de cucos morto. Hemingway gostou mais do vinho de cobra. Diz que cura a queda de cabelo e trouxe algumas garrafas para os amigos mais necessitados".

Nada conrtra esses "vinhos finos", mas prefiro minha lapadinha de cachaça sem bichos mortos no fundo da garrafa. Ms talvez, se fosse careca ou tivesse chegando a esse ´ponto, quem sabe... Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 27/08/2020
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