O PESO DA MINHA ESCOLHA
Infelizmente é o que mais acontece por aí,na verdade, sempre aconteceu.
Entre quatro paredes, o silêncio pode ser um grito ensurdecedor.
Parecia ouro mas não era, talvez aquele amarelo fosse da ofuscação vista pelo embasamento da vida, tipo poeira no vidro do carro, que cega a gente na estrada de terra dourada.
Todo anel, não era para ser elo? Mas ninguém explicou que seria de uma "corrente" totalmente doentia e prisional, e olha que; em um período muito curto de tempo, acabou tornando frágil, já que arrebentou na primeira pressão; daquela tal união pre estabelecida.
"União" Ainda não compreendi o sentido desta palavra, porque não obtive a oportunidade de vivencia-la, desde que coloquei o tal anel.
Deixei de virar noiva, para virar posse, propriedade, marcada por um circulo, e o nome do meu "vulgo dono" estava ali embaixo, escondido do lado de dentro daquele tal elo.
Dizem, que o casamento e a junção da felicidade, mas ninguém avisou que horas ela chegaria em minha vida, ou se um dia ela viria de verdade, a tal aliança; hoje já não uso mais, tirei o kilate da responsabilidade sobre o que eu não esperava, arranquei o peso da minha escolha. Enfim, saudades das bijuterias que eu usava outrora, quando ainda menina, definitivamente não me machucavam, já senti o peso do ouro na cara, para nunca mais, doeu! Lembro ainda das bijuterias, não carregavam a falsidade que este ouro me mostrou. Eram ricas bijuterias, mesmo, outros dizendo, que eram falsas jóias , na verdade foi a única "verdade palpável" que um dia eu usei no dedos das mãos.
( Do meu livro: Textos Avulsos). ( Autor: George Loez)