Quando adolescente  comecei uma colecionar  selos, suava para conseguir alguns  diferentes, cheguei até a arrumar alguns correspondentes em outros Paises. Um dia meu pai viajou para São Paulo e quando voltou me trouxe uma cartela enorme com selos de todos os Países. Sei que ele fez  com muita alegria e boas intenções,  mas  isso me causou um total desinteresse em continuar a coleção.  Foi um impacto tão grande que daquele dia em diante  passei  a correlacionar com  tudo que eu desejava ter e comprar.  "Never let an old flame burn you twice".

Nunca liguei para marcas ou status. Minhas amigas procuravam por roupas de marca, perfumes franceses, cremes americanos. Sempre usei jeans da marca Inega (naquele tempo, na bunda de toda mulher) , meu perfume era o Coutoure (tao baratinho que devo ter intoxicado o Roque na epoca do namoro - mas o amor
é lindo! ), meu shampoo  era o sabonete Phebo. Quando mudei para os EUA todas achavam fantástico que eu pudesse usar cremes americanos e ter acesso a produtos maravilhosos, mas não fui afetada pelo consumismo.  Nao tenho mais de uma bolsa, sou pratica com os sapatos, (amo uma rasteirinha) e não uso maquiagem.

Nunca joguei na loteria, alias, tenho medo de ficar milionária. Acho que lidar com dinheiro
é muito perigoso no sentido de mudar as pessoas por dentro, e  mexe muito com seus valores. A mente milionária nunca me atraiu. Para ser sincera, me assusta. Não acredito que nenhum milionário experimentou tantas coisas boas e simples que experimentei, e teve dentro dele essa sensação plena de não ter medo de ser feliz.

Tema: Mente milionaria


 
Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 25/08/2020
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