REENCONTRO DOS ACADÊMICOS DA UFF, 1968, NITERÓI; MAGIA, AMOR E EDUCAÇÃO.
Em momento singular - coerção impositiva de isolamento por necessidade sanitária - um lampejo criativo, imaginoso e afetivo, reúne a turma de 1968 da UFF/Niterói, Direito.
Deve-se a um interior magnânimo que nasceu para fazer aproximações e caridade, e se mostra forte em qualquer adversidade, e tudo sabe superar e movimentar corações temporalmente distantes, mas interiormente sempre afinados, como nas cordas da lira que, mesmo à distância, vibram em uníssono, maviosas no sacrário da alma.
Se instala a magia do coração. Tem no nome a sinceridade como no significado de Alice, nome de minha mãe, e a candura da Virgem, Maria. E nos concedeu as ofertas do espírito. Inaugura-se a “Convenção da Amizade” na festa do amor.
Empreendedores, advogados de entidades públicas, juízes, chancelaria, mescla de atividades lançadas no destino por apurada formação - UFF/DIREITO/1968 - etiologias limpas e avisadas dos valores, como da tradição dos bancos longevos, onde se estudava, com cátedra, de fundo e forma. Nenhuma disfunção de caráter, nenhuma mancha como cidadãos, nenhum alinhamento com a sacralização do desvio das conquistas maiores da humanidade.
É a natureza do BEM, como nos fala Santo Agostinho mestre de retórica e um amante da sabedoria. É da cepa das grandes árvores que nos são servidos os frutos mais saborosos. É dessa árvore que agora colhemos os frutos amadurecidos. Foi longa a jornada.
Como nos escólios de Santo Agostinho, somos todos “cristão com alma purificada pelos açoites da contrição e pela necessidade da Graça”.
Somos como decorrências Cristãos, por ter sido Cristo o marco da alma limpa que não se irmana nem retira ou restringe liberdades. Basta isso, mesmo ausentes credos, liturgias ou templos.
Quantos caminham por essa vida terrestre entre culpas e alguma consciência, ou nenhuma. Entre penas e vontades manifestadas no mundo exterior, onde está a culpa a esperar a pena sob coerção ditada pelos Estados. Como dizia Nietzsche, “Que é a felicidade? O sentimento daquilo que aumenta o poder, de haver superado uma resistência;não um contentamento, mas um maior poderio; não a paz em geral, mas a guerra; não a virtude, mas a habilidade”.
Estamos distantes desses conceitos.
Somos felizes da felicidade inteira. Podemos olhar sem máculas para tudo e todos.
Somos e estamos limpos, nem mesmo o velho maquiavelismo nos serviu, repudiamos, “os fins justificam os meios”, pois o mal não é necessário como ensinava Tomás de Aquino.
Por isso podemos sufragar e viver a alegria de um passado sem nódoas ou culpas, um legado de educação e limpeza para nossos filhos que desse arquivo pessoal já desfrutam, e nossos netos receberem e festejarem, eles que são nossos sorrisos maravilhados. É a condecoração que nos dá nosso Deus. O Deus de cada um acreditado. Um abraço fraterno a todos