A Crônica da Velha Marlie

Chamava-se Marlie,
A velha sovina,e exploradora de mão de obra,
Se aproveitava de todo miserável,pelos arredores,pra convencer a fazer serviços,a preços baixíssimos,
Característica de quase todo morador,daquele bairro covil,de área rural,
Além do mais,inventavam que aqueles quais não fazíam tais serviços a preços ridículos e baixos,seríam vadios.
Era típico bairro dos ignorantes,sem cultura,pobres de espírito.
A velha Marlie,sugava todo o salário dum velhinho batuta,qual morava em sua casa,sem ser amante,ou marido dela,o pobre moribundo,saía às cinco e meia da manhã,e retornava só à noite.
E a velha Marlie,aposentada,ganhava três salários do governo,mesmo assim,além de vampirizar aquele velhinho moribundo,tentava explorar outros,pra lucrar mais,com a miséria alheia,procurava alguém pelos arredores,qual parecêsse desempregado,bêbado,ou drogado,pra ofertar serviços a se fazer,o golpe,vínha no ato de pagar,se é que acontecêsse.
Começava,se fingíndo de boazinha,oferecía comida.
Caloteava quase todos,devendo dinheiro,servía comida,suco,sobremesa,tentando convencer a não haver cobranças.
Desvirtuava ocorrídos nas discórdias.
Quando pagava algo,eram meses de atraso.
Seus amigos de confiança,geralmente os ladrões mais à toa,
Por vezes,roubavam até dela.
Amigas dela,quase todas,ex prostitutas,de cabarés mambembes,
Não se ouvía um assunto edificante em meio à essas.
E as fofocas,todas estórias adulterando os fatos reais.
Certa vez,o governo resolveu,pagar um abono aos desafortunados,
O que deixou,os exploradores de mão de obra locais,carrancudos,e emburrados.
E a velha Marlie,lá sentada,braba também,
Porque esperava dinheiro daquele abono,
Da parte daqueles miseráveis..