A DIFÍCIL ARTE DE SER VERDADEIRO
Os especialistas em linguagem argumentam que a língua é muito dinâmica, razão pela qual algumas palavras estrangeiras são incorporadas ao nosso idioma.
Considero razoável esse argumento sem entretanto não me conformar com o uso de certas palavras, que poderiam ser expressadas na nossa língua como por exemplo: espaço kids, playground, delivery e outros tantos que frequentemente são explorados pela propaganda em lojas e anúncios comerciais e sem falar em outros artifícios
como poko-preço e outros dessa natureza que deturpam a nossa língua.
Para demonstrar uma dessas influências deseducativas foi quando meu irmão, conferindo o tema escolar de seu filho, constatou que ele havia escrito “Karo amigo...” provavelmente influenciado por um produto muito conhecido e que ainda circula no mercado.
Acredito que essas influências já vem sendo divulgadas e absorvidas há muito tempo e que contribuíram para o nosso complexo de “cachorro vira-lata”.
Soube que nos anos 50/60 uma gravadora lançou dois discos ; um com Moacir Silva (saxofonista) e outro com Britinho(pianista). Resultado: a venda foi inexpressiva. Entretanto
alguém do departamento de divulgação teve a ideia de que os discos a serem lançados futuramente deveriam ser trocados os nomes dos músicos para
Pierre Kolman (Britinho) e Moacir (Bob Fleming).
Resultado:
Foi um grande sucesso de vendas.