Lucas, o cronista de Deus
1. Desde sempre, Lucas é o meu evangelista predileto. Gosto muito da sua maneira de narrar os fatos que lhe foram transmitidos para que ele escrevesse o Terceiro Evangelho.
Pelo seu estilo leve, alegre, coloquial, poderia até chamá-lo de o Cronista de Deus, contando as histórias de Jesus de Nazaré. Observem, por favor, se os temas por ele abordados não lhe dão um perfil de cronista.
2. Muito bem. Mas antes de prosseguir falando sobre Lucas, abro um parêntese para fazer esta indispensável observação: olhe este pífio escriba, sem nenhum preparo teológico, insistindo em discorrer sobre assuntos e gente ligados à Bíblia Sagrada. Como incorrigível eu sou!
Relevem, lhes peço, as heresias que emanarem de minha caneta. Deus, misericordioso, há de me perdoar.
3. Reafirmo o que disse em crônica recente, ou seja, que só pelo fato de ter sido seminarista francisano deva considerar-me um craque em assuntos bíblicos.
É provável, que a partir do que li e estudei nos claustros, tenha me aproximado um pouco mais dos livros santos. Longe, porém, de, por isso,
considerar-me um autorizado intérprete da Palavra de Deus, trazida até nós pelos senhores evangelistas e por outros porta-vozes do Senhor. Fecho o parêntese.
4. Chamei Lucas de Cronista de Deus. Preparei-me para, afinal, fazer essa afirmação. Como? Lendo e relendo o livro "Bíblia - Refexões e Meditações", de Dom Anselm Grün, um teólogo que aceito sem restrições.
Nesse seu livro, o beneditino Grün diz que Lucas escreveu sua "Narrativa" - assim ele chamava seu Evangelho - entre 80 e 90 d.C. "num estilo grego primoroso", descrevendo como ninguém fatos ligados à Maria, a mãe do Nazareno.
5. Coube a ele e a nenhum outro evangelista, lembra Grün, divulgar o "Magnificat" (1,39-56) que considero um verdadeiro poema.
Nesse Capítulo e seus versículos, ele narra o apoteótico e histórico encontro de Maria com sua prima Isabel, ambas grávidas, a primeira de Jesus, o Messias, e a segunda de João, o Precursor.
Coincidentemente, as duas tendo como esposos homens de idade avançada, José e Zacarias. Determinação Divina!
6. Querem ver outra página de Lucas, também não encontrada em nenhum outro Evagelho? A "Parábola do Filho Pródigo" (15,11-32), realçando a "bondade e a misericórdia do pai".
Ligada diretamente aos pais, essa Parábola é comentada e estudada no Encontro de Casais com Cristo - ECC, movimento religioso fundado em 1970, pelo padre Afonso Pastore, na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, na Vila Pompéia, São Paulo. De um ECC participei, há 36 anos, cá, em Salvador, na minha Paróquia.
7. Olhando pros seus escritos sobre a Virgem Maria, assumo o risco de chamar Lucas de evangelista mariano. Segundo Dom Anselm Grün, são de Lucas as belíssimas páginas bíblicas sobre a mãe do Mestre.
Como, por exemplo, diz o beneditino, quando ele descreve o nascimento de Jesus (2,1-20) e o encontro das primas, Maria e Isabel, na visita que a primeira fez à segunda. Oportunidade em que João, ainda no útero de sua genitora, pulou de alegria.
8. Há quem atribua ao autor de o "Atos dos apóstolos" a pintura dos únicos retratos de Maria, os santos ícones. E que Lucas não teria tido dificuldade de fazê-los porque conhecera, pessoalmente, a Imaculada. Não se tem notícias de que outro pintor tenha imortalizado seus pincéis retratando o rosto da mãe do Altíssimo.
9. E por falar em ícones (pinturas com temas religiosos, do grego eikón = imagem), guardo na minha memória, com extrordinária nitidez, a lembrança dos santos ícones que vi nas inúmeras igrejas Ortodoxas, quando entive na Grécia com Ivone, minha mulher.
Trouxe de Atenas - a gloriosa e belíssima Atenas dos mestres e dos deuses - réplicas da Madona, de Nossa Senhora da Ternura e de Maria em atitude de oração, produção do pintor e médico Lucas, o evangelista, redigo, que admiro.
10. Quando escrevi sobre os santos ícones da velha Hélade, logo que retornei de um passeio pelo Egeu, embora católico, fiz uma declaração que aqui reafirmo, sem tirar nem pôr: voltei de Atenas apaixonado pelos santos ícones.
Quem os vê, tendo Atenas como cenário, dificilmente os esquecerá. E São Lucas contribuiu para que eles ficassem eternos...
1. Desde sempre, Lucas é o meu evangelista predileto. Gosto muito da sua maneira de narrar os fatos que lhe foram transmitidos para que ele escrevesse o Terceiro Evangelho.
Pelo seu estilo leve, alegre, coloquial, poderia até chamá-lo de o Cronista de Deus, contando as histórias de Jesus de Nazaré. Observem, por favor, se os temas por ele abordados não lhe dão um perfil de cronista.
2. Muito bem. Mas antes de prosseguir falando sobre Lucas, abro um parêntese para fazer esta indispensável observação: olhe este pífio escriba, sem nenhum preparo teológico, insistindo em discorrer sobre assuntos e gente ligados à Bíblia Sagrada. Como incorrigível eu sou!
Relevem, lhes peço, as heresias que emanarem de minha caneta. Deus, misericordioso, há de me perdoar.
3. Reafirmo o que disse em crônica recente, ou seja, que só pelo fato de ter sido seminarista francisano deva considerar-me um craque em assuntos bíblicos.
É provável, que a partir do que li e estudei nos claustros, tenha me aproximado um pouco mais dos livros santos. Longe, porém, de, por isso,
considerar-me um autorizado intérprete da Palavra de Deus, trazida até nós pelos senhores evangelistas e por outros porta-vozes do Senhor. Fecho o parêntese.
4. Chamei Lucas de Cronista de Deus. Preparei-me para, afinal, fazer essa afirmação. Como? Lendo e relendo o livro "Bíblia - Refexões e Meditações", de Dom Anselm Grün, um teólogo que aceito sem restrições.
Nesse seu livro, o beneditino Grün diz que Lucas escreveu sua "Narrativa" - assim ele chamava seu Evangelho - entre 80 e 90 d.C. "num estilo grego primoroso", descrevendo como ninguém fatos ligados à Maria, a mãe do Nazareno.
5. Coube a ele e a nenhum outro evangelista, lembra Grün, divulgar o "Magnificat" (1,39-56) que considero um verdadeiro poema.
Nesse Capítulo e seus versículos, ele narra o apoteótico e histórico encontro de Maria com sua prima Isabel, ambas grávidas, a primeira de Jesus, o Messias, e a segunda de João, o Precursor.
Coincidentemente, as duas tendo como esposos homens de idade avançada, José e Zacarias. Determinação Divina!
6. Querem ver outra página de Lucas, também não encontrada em nenhum outro Evagelho? A "Parábola do Filho Pródigo" (15,11-32), realçando a "bondade e a misericórdia do pai".
Ligada diretamente aos pais, essa Parábola é comentada e estudada no Encontro de Casais com Cristo - ECC, movimento religioso fundado em 1970, pelo padre Afonso Pastore, na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, na Vila Pompéia, São Paulo. De um ECC participei, há 36 anos, cá, em Salvador, na minha Paróquia.
7. Olhando pros seus escritos sobre a Virgem Maria, assumo o risco de chamar Lucas de evangelista mariano. Segundo Dom Anselm Grün, são de Lucas as belíssimas páginas bíblicas sobre a mãe do Mestre.
Como, por exemplo, diz o beneditino, quando ele descreve o nascimento de Jesus (2,1-20) e o encontro das primas, Maria e Isabel, na visita que a primeira fez à segunda. Oportunidade em que João, ainda no útero de sua genitora, pulou de alegria.
8. Há quem atribua ao autor de o "Atos dos apóstolos" a pintura dos únicos retratos de Maria, os santos ícones. E que Lucas não teria tido dificuldade de fazê-los porque conhecera, pessoalmente, a Imaculada. Não se tem notícias de que outro pintor tenha imortalizado seus pincéis retratando o rosto da mãe do Altíssimo.
9. E por falar em ícones (pinturas com temas religiosos, do grego eikón = imagem), guardo na minha memória, com extrordinária nitidez, a lembrança dos santos ícones que vi nas inúmeras igrejas Ortodoxas, quando entive na Grécia com Ivone, minha mulher.
Trouxe de Atenas - a gloriosa e belíssima Atenas dos mestres e dos deuses - réplicas da Madona, de Nossa Senhora da Ternura e de Maria em atitude de oração, produção do pintor e médico Lucas, o evangelista, redigo, que admiro.
10. Quando escrevi sobre os santos ícones da velha Hélade, logo que retornei de um passeio pelo Egeu, embora católico, fiz uma declaração que aqui reafirmo, sem tirar nem pôr: voltei de Atenas apaixonado pelos santos ícones.
Quem os vê, tendo Atenas como cenário, dificilmente os esquecerá. E São Lucas contribuiu para que eles ficassem eternos...