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Estive no Rio de Janeiro em quatro oportunidades; em mil novecentos setenta e quatro, em dois mil e um, em dois mil e nove e na Rio 2016. Somente em dois mil e nove eu não cruzei a ponte Rio/Niterói.
Lanço um desafio, principalmente aos moradores do Rio, que tentem repetir uma façanha minha naquela ponte. Antes que alguém me dê alguma estilingada, esclareço que é só uma brincadeira, boba? Acho que sim!.
Quando se tem vinte anos a coisa é bem mais “fácil”.
Naquele sábado, lá na oficina, alguém, num estalo teve a ideia de irmos ao Maracanã assistir Brasil e Paraguai. Estávamos em Santo André, ABC paulista, mês de maio de mil novecentos e setenta quatro.
Fomos em dois carros. Comigo levei meu pai e um empregado que eu nem conhecia direito, um malandro com eme maiúsculo.
Chegamos em Copacabana às quatro da manhã. O movimento era grande, as casas noturnas se esvaziavam naquela hora.
Para conhecer, o dia acabava de clarear e nós estávamos cruzando a recém inaugurada ponte. Fomos do outro lado e voltamos logo em seguida. Nosso objetivo era o jogo, fomos e ficamos nas redondezas do Maracanã.
Abro um paragrafo para destacar o malandro que levei comigo; se meteu a jogar palitos com os malandros de lá, quase que não lhe sobrou dinheiro para entrar no estádio.
Depois de assistir a uma apresentação no Maracanãnzinho, que me lembro vagamente, entramos no estádio.
Naquele tempo não havia divisões nas arquibancadas, assistimos Brasil 2 Paraguai 0, saímos por um portão diferente do que entramos, levamos quase duas horas para encontrar os carros.
Uma noite dirigindo e sem dormir, um dia inteiro movimentado e sem um cochilo, assim, lá pelas vinte e uma horas entramos na Dutra para dirigir praticamente o resto da noite.
Era uma segunda-feira, às sete da manhã abrimos a oficina para atender os clientes. Acho que não foi um dia produtivo.
Quando se tem vinte anos tudo é mais “fácil”.
Ao bobo desafio: conseguimos naquele dia, a ponte totalmente livre para nós, somente os nossos dois carros na pista de ida e de volta. Alguém consegue fazer a mesma coisa?