Coronel Siqueira Brito
Coronel Siqueira Brito
Essa figura viveu no nordeste e, dono de terras, era respeitado como tal. Na época um dos seus filhos, um rapaz franzino e de muita " sensibilidade" foi estudar em Paris. Anos se passaram até o retorno do agora doutor no porto do Recife. O herdeiro da macheza do pai desceu do navio com o diploma nas mãos, pele alva e mãos muito finas, a voz estridente já dizia tudo " que saudade painho ", com um aceno pouco atrativo para o pai. O coronel colocou o filho nos trilhos dizendo " vamos deixar os abraços lá pra fazenda" e acenou para o motorista buscar a viatura. O rapaz entendeu que o pai não tinha mudado muito, mas a vontade de contar as novidades da terra dos perfumes e da moda era muita e, assim, desandou a falar na viagem. O coronel na frente, ao lado do motorista, calado. A estrada de terra e o calor não ajudava o tempo a passar e a voz delicada do passageiro veio em solicitação " painho, eu preciso urinar ". O coronel, de pronto, respondeu " meu filho aqui no nordeste se mija, entendeu? E mijo quente e grosso..." Em francês o suspiro " ó mon Dieu"... É urgente painho... O coronel mandou encostar o Ford e saltou do carro para abrir a porta para a criatura se " aliviar" no mato. "Vá pra traz da moita pra se desanuviar". O moço saiu um tanto o quanto com andar apertado e o coronel atrás com a arma na mão... O motorista, ao ver a cena, gritou " Coroné não faça besteira! ", O coronel respondeu curto e grosso " se acocorar eu MATO ! " 😁